CONVERSA POLÍTICA
'Erro vacinal' em Lucena não pode ser pretexto para suspender vacina, afirma MPF
Ofício com esclarecimentos foi encaminhado ao Ministério da Saúde e Anvisa após solicitação de deputada federal.
Publicado em 19/01/2022 às 7:09
O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) encaminhou ofício, ontem (17), ao presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, e ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com esclarecimentos a respeito das medidas empreendidas pelo MPF e MPPB para apurar a situação das vacinas em Lucena.
O documento também foi uma resposta ao pleito da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para que seja suspensa a vacinação de crianças e adolescentes em todo o país por causa do 'erro vacinal'.
No ofício, a procuradora da República, Janaína Andrade ressalta que a situação de Lucena é um fato isolado que já se encontra em apuração e diz respeito exclusivamente à inobservância dos protocolos de operacionalização da imunização do público infantil em uma única unidade de saúde. Portanto, “não pode ser utilizado como pretexto para justificar a suspensão do curso de toda uma campanha de vacinação, esta, sim, uma medida que, se efetivada, colocaria em risco todo o público-alvo, o qual, há meses, aguardam pelo aludido imunizante”, defende o MPF.
Reunião
Representantes do MPF e do MPPB estiveram no município de Lucena, nesta terça-feira (18), para colher mais informações sobre o caso de crianças entre cinco e 11 anos vacinadas com doses de adultos.
Inicialmente, foi realizada reunião com as Secretarias de Saúde do Município de Lucena e do Estado e, posteriormente, com mães de 20 crianças vacinadas dos assentamentos de Outeiro de Miranda e Estiva do Geraldo e nas respectivas Unidades Básicas de Saúde.
As reuniões foram realizadas pela procuradora da República, Janaína Andrade de Sousa, e pela promotora de Justiça (MPPB), Fabiana Maria Lobo da Silva, que coordena o Centro de Apoio Operacional da Saúde.
De acordo com dados colhidos, foram vacinadas 49 crianças, das quais 13 com imunizante dentro do prazo de validade e 36 com imunizantes vencidos. Ficou definido que haverá um acompanhamento médico de cada criança durante 30 dias.
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