Governador recebe alta e internação gera debate sobre 'tratamento' de políticos em hospitais públicos

O governador João Azevêdo (PSB) recebeu alta do Hospital Metropolitano, em Santa Rita, no início da manhã desta sexta-feira (16). Ele foi internado, ontem (15), no início da tarde, para ser submetido a um cateterismo e angioplastia com implantação de stent.

O gestor deixou o hospital no início da manhã e vai continuar o tratamento em sua residência oficial.

O procedimento de cateterismo havia sido planejado, mas o governador não estava sentindo nada. Ao verificar obstrução em artéria, foi realizada a angioplastia e a colocação do stent.

Já em casa, graças a Deus e ao excelente trabalho de toda equipe dos profissionais de saúde do nosso Hospital Metropolitano. Passando para agradecer todas as manifestações de carinho e orações que me foram direcionadas. Elas me fortalecem para seguir em frente. Um forte abraço a todas e todos!", afirmou o governador nas redes sociais.

O procedimento durou cerca de uma hora e, segundo médico responsável, Fulvio Petrucci, tudo foi concluído sem intercorrências e o governador segue bem, após ter passado menos de 24h na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em observação.

O gestor não pode fazer esforço e vai ficar em repouso.

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Debate 

A internação de João Azevêdo colocou luz em um debate simbólico: o tratamento de políticos em hospitais públicos. O que deveria ser normal, uma regra, e não uma rara exceção, ganhou destaque.

Claro que, no caso do governador, toda uma preocupação com a estrutura, com medicamento e equipamentos foi maior do que com um paciente comum. Mas não deixa de ser exemplar, o chefe do Executivo da Paraíba ter ido para um centro cirúrgico público.

Por muito menos, políticos paraibanos vão para São Paulo, com viagem de avião paga pelos contribuintes e, em muitos casos, com dinheiro da população pagando exames, medicamentos e todos os procedimentos.

De quebra, o governador fortalece a boa imagem que o Hospital Metropolitano está construindo, referência em neurologia e cardiologia. Com estrutura, bons equipamentos e profissionais qualificados.

Quiçá, um dia, vire regra o político paraibano e o brasileiro usar o serviço público para fazer um tratamento de saúde.

Cateterismo

O cateterismo consiste no procedimento para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas, por meio da introdução de um cateter, que é um tubo flexível extremamente fino e longo, na artéria do braço ou da perna do indivíduo, que será conduzido até o coração. O procedimento é indicado no diagnóstico e tratamento do infarto ou da angina, sendo capaz de detectar e remover acúmulos de placas de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias encontradas no sangue, mostrar se as placas estreitaram ou bloquearam as artérias coronárias.

Angioplastia 

Angioplastia coronária ou intervenção coronária percutânea é o tratamento das obstruções das artérias do coração por meio do “cateterismo”. Após a desobstrução da artéria coronária é realizado o implante de uma pequena malha de metal, conhecida como ‘stent’, no interior do vaso sanguíneo. Os stents tem poucos milímetros de diâmetro (em média de 2 a 5 mm) e de comprimento (8 até 48 mm) e são utilizados para manter a artéria aberta e o bom fluxo de sangue no seu interior. (Informações Rede Dor)