CONVERSA POLÍTICA
Hugo Motta revela 'plano b' para Paraíba não perder deputados na Câmara
Congresso Nacional terá que definir tamanhos das bancadas até junho, por decisão do STF.
Publicado em 07/02/2025 às 17:22
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A primeira semana do comando de Hugo Motta (Republicanos) como presidente da Câmara dos Deputados foi marcada pela possibilidade de entrar na pauta propostas para afrouxar a lei da ficha limpa, anistiar os golpistas do 8 de janeiro e até a instituição do sistema semipresidencialista.
Em meio a acenos ao bolsonaristas, o paraibano atenuou a agenda com uma solução para um problema preocupante: o risco da Paraíba perder duas cadeiras na Câmara Federal nas eleições 2026.
Os congressistas devem aprovar lei sobre o tema até 30 de junho de 2025. A revisão será válida para as eleições de 2026, com mandatos iniciados em 2027.
Se após prazo ainda não houver regra pronta, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a revisão até 1º de outubro de 2025.
Sugestão de Hugo Motta
Hugo disse que quer propor um acordo entre o Câmara, Senado e o STF para, ao invés de alterar o tamanho das bancadas estaduais, aumentar a quantidade de deputados federais, passando dos atuais 513 para 524. Com mais deputados, o número seria mantido.
O presidente disse que a Câmara deve fazer "o dever de casa" para que isso não represente aumento de gastos. "Tem alguns projetos falando sobre isso, mas quero me dedicar a isso nos próximos dias porque temos de fazer até junho e tenho de ter a garantia de que presidente vota no Senado", comentou, em entrevista à Arapuan, nesta sexta-feira (07).
Pautas-bombas na pauta
O debate sobre o tamanho das bancadas será desenrolado na Câmara em meio a pressão de bolsonaristas por mudanças sobre a Lei da Ficha Limpa. Hugo Motta, que vem tentando equilibrar interesses dos bolsonaristas e lulistas, declarou que os 8 anos de punição é muito tempo.
A flexibilização da lei, de iniciativa popular, foi proposta para abrir caminho a Bolsonaro para disputa presidencial em 2026. Hugo defende uma revisão na lei, pois considera o tempo excessivo.
O paraibano também não descarta permitir o debate sobre a anistia aos réus do 8 de janeiro. Segundo o parlamentar, houve exageros nas condenações dos envolvidos por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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