CONVERSA POLÍTICA
Ao admitir R$ 4 bi para fundão eleitoral, Bolsonaro "cogita" 2º turno com Lula e outro candidato
Publicado em 26/07/2021 às 16:11 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:54
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
Durou menos de uma semana o "desejo" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de vetar boa parte do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões. Se é que houve algum desejo. Talvez fosse jogo de cena ou palavras ao vento. Quem vai saber? Difícil. O fato é que aconteceu o que se previa nos bastidores, uma marcha à ré.
Bolsonaro admitiu, nesta segunda-feira, (26) para apoiares do "cercadinho" que deve deixar o fundo eleitoral em R$ 4 bi. Ou seja, vai aprovar o dobro do valor de 2020. O montante continua sendo um assalto aos cofres públicos.
Assim, abastece seu eleitorado de argumento positivo, cortando uma parte, e, ao mesmo tempo, afaga os parlamentares aliados, entre eles os filhos, que votaram a favor de triplicar o valor para fazer campanha ano que vem.
No mínimo, constrangido, alertou ao eleitor que comemorava o veto, que não seria um "corte" ao aumento, mas de uma parte.
Bolsonaro disse que espera não "apanhar" por causa da decisão, afinal, segundo ele, se começarem a "bater" muito, o segundo turno do ano que vem será com Lula e outro candidato.
Ou seja, já colocou o nome dele fora do páreo, se os apoiadores ou admiradores não 'entenderem' a situação.
"Eu espero não apanhar do pessoal aí, como sempre. Porque se começar a bater muito vão escolher no segundo turno entre Lula e... ou.. ou o Ciro. Imagina?", previu.
No fundo alguém disse: "Misericórdia"...
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