CONVERSA POLÍTICA
Queiroga "incorpora" postura de pré-candidato em inauguração no Sertão da Paraíba
No palanque, em tom crítico, às vezes raivoso, com dedo em riste, falou como um "velho político profissional", com pausas e entonações, à espera dos aplausos.
Publicado em 21/10/2021 às 16:45 | Atualizado em 21/10/2021 às 16:57
O ministro Marcelo Queiroga pode não ser candidato a nada ano que vem, mas já pegou o jeito. Em discurso na inauguração do trecho final do Eixo Norte, em São José de Piranhas, no Sertão, nesta quinta-feira (21), parecia estar em plena campanha.
Saiu de lá com o carimbo de que poderia ser o candidato do presidente ao Senado ou ao governo. Gostar de "política" ele gosta, se não, não tinha assumido o comando da Saúde na pandemia. Aliás, já circula bem no meio.
No palanque, em tom crítico, outras vezes raivoso, muitas vezes com dedo em riste, falou como um "velho político profissional", com pausas e entonações à espera dos aplausos. Defendeu sua política à frente da Saúde, com aumento de leitos e compra de insumos. Criticou a política de saúde básica dos governos Lula, Dilma e Temer. Também guardou munição para atingir os governadores do Nordeste.
No passado, um Consórcio de governadores...disseram (sic) que iriam trazer vacinas, quantas vacinas ele trouxeram? Nenhuma. Todas as vacinas foram trazidas pelo governo do presidente Bolsonaro, afirmou.
Driblou a acusação de que o governo demorou para comprar vacina, afirmando que a indústria farmacêutica agora produz vacina no Brasil. Lembrou dos mais de 320 milhões de vacinados do país.
Também usou uma parte do tempo para defender o governo, que é conservador, segundo ele, porque é probo, não tem corrupção e nenhum ministro está envolvido em corrupção.
"O governo conservador tem o compromisso com a inocência das crianças nas escolas" [...] tem compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a liberdade", falou reforçando, sempre, a última palavra de cada frase.
Agora, é só receber a ordem do presidente, escolher o partido e se preparar para pré-campanha.
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