CONVERSA POLÍTICA
Ministério da Saúde: posicionamentos opostos aos de Bolsonaro enfraquecem Hajjar e nome de Marcelo Queiroga continua no páreo
Publicado em 15/03/2021 às 8:39 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:02
Por LAERTE CERQUEIRA
A cardiologista Ludhmila Hajjar entrou a noite de ontem (15) como a mais cotada pra assumir o Ministério da Saúde, mas amanheceu já mais fraca. Inclusive, com notícias que de que ela vai recursar o cargo, se o atual ministro Eduardo Pazuello sair. Ele nega que esteja deixando a pasta.
No caso da médica, a questão que pesa, agora, é a pensamento dela que se choca totalmente com o do presidente Bolsonaro. Ontem, ela se reuniu com o chefe do executivo.
Hajjar não defende cloroquina, já declarou-se a favor da importância do isolamento, defende a ciência, é contra tratamento precoce sem prova. Até já criticou a gestão de Bolsonaro diante da pandemia.
Ou seja, a não ser que o presidente queira encontrar alguém para mudar de discurso, não vai "ter liga".
Por tudo isso, o segundo nome mais cotado, o do cardiologista paraibano Marcelo Queiroga voltou à cena mais forte.
Ao Conversa Política, ontem à tarde (14), Queiroga disse que que não recebeu nenhum convite do presidente nem teve contato, apesar de dizer que será útil quando o governo precisar e o presidente sabe disso.
O cardiologista integrou a equipe de transição dando apoio técnico na área da saúde. Recentemente, foi chamado para assumir cadeira na diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Ele terá de ser sabatinado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Queiroga não recomenda a cloroquina como tratamento precoce, visto que a Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomendou o uso dela nos pacientes e não há consenso na comunidade científica.
Tem pensamentos até diferentes do presidente, mas é amigo e está disposto a ajudar. Sem falar que, com pressão do Centrão, o presidente já pensa (mesmo que bem longe) em dar uma equilibrada no discurso. Quem sabe o paraibano não é chave para isso. Vamos ver.
Parentesco
A saber, Queiroga é irmão do ex-vereador de João Pessoa, Marco Antônio, que não conseguiu se reeleger na última eleição.
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