CONVERSA POLÍTICA
MPT requisita auditoria do SUS para investigar denúncias de 'fura-filas' em Cabedelo
Publicado em 18/02/2021 às 15:25 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:13
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O Ministério do Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) quer fazer uma varredura para saber se também houve pessoas que foram vacinadas contra covid-19 em Cabedelo, na Grande João pessoa, mesmo sem fazer parte do grupo prioritário. Após uma audiência com o secretário de Saúde do município, Murilo Suassuna, hoje (18), o procurador Eduardo Varandas disse que vai dar seguimento às investigações para saber se houve as irregularidades apontadas em denúncias que chegaram ao órgão.
Varandas disse que solicitou ao município a qualificação de todos os vacinados em Cabedelo e também requisitou que o SUS faça uma auditoria no município. "Necessário, tendo em vista a quantidade de denúncias que venho recebendo, acerca de eventual desobediência do critério de vacinação da Covid-19 no município da Cabedelo, inclusive envolvendo pessoas socialmente conhecidas e agentes políticos", pontua.
Apesar do peso dos pedidos, o procurador do MPT destaca que esses são apenas os primeiros passos de uma longa investigação. "Vamos verificar se houve alguma incoerência em relação à vacina ou alguma irregularidade. See for o caso a gente autua, junto com os outros ramos do Ministério Público", explicou.
O secretário de Saúde, Murilo Suassuna, disse que prestou todos os esclarecimentos e acredita que parte das denúncias tenham vindo de pessoas que acreditam terem o direito de serem vacinadas. "A gente esclareceu que Cabedelo tem sido muito transparente na publicação dos dados, expondo os dados dos vacinados diariamente", afirmou.
O procurador ressaltou que todos os ramos do Ministério Público na Paraíba (MPF, MPPB e MPT) têm atuado para que o plano nacional de vacinação seja respeitado e que os direitos dos públicos prioritários sejam assegurados (neste momento profissionais da linha de frente da pandemia e os idosos), já que, no cenário atual, não há doses suficientes de vacina para imunizar toda a população de uma só vez.
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