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CONVERSA POLÍTICA

Na SabaTEEna, candidatos ao governo da Paraíba mostraram que podem debater trazendo mais ideias e menos ataques

Todos eles responderam oito perguntas sobre projetos na área da educação, saúde, tecnologia, política públicas para segurança, esportes, meio ambiente e cultura.

Publicado em 12/08/2022 às 11:39 | Atualizado em 12/08/2022 às 12:49


                                        
                                            Na SabaTEEna, candidatos ao governo da Paraíba mostraram que podem debater trazendo mais ideias e menos ataques

A SabTEEna com estudantes, promovida pela Rede Paraíba de Comunicação, ontem (11), mostrou, nesse momento da pré-campanha, que os candidatos ao governo da Paraíba podem levar para o debate público mais ideias, propostas, e menos ataques pessoais.

Postura que poderia se repetir em novos embates, para que tenhamos mais clareza sobre as soluções que eles propõem para os problemas do estado.

Claro que teve “treta”, mas em uma quatidade muito menor do que nos outros encontros. Os momentos de conflitos mais duros foram protagonizados entre Pedro Cunha Lima (PSDB) e João Azevêdo (PSB).

Ao falar sobre a Granja Santana, sobre a relação do governo com a imprensa (motivo de notas de repúdio de entidades), sobre o relatório do TCE que identificou a situação precária de escolas do estado, Pedro endureceu as críticas.

João até chegou a dizer que a aquele momento não era para ataques, e sim para apresentar propostas, mas não aguentou a "pressão" e fez críticas aos “Cunha Lima”, o que armou Pedro para acusar o candidato à reeleição de ter vencido a eleição com dinheiro desviado da saúde. Referia-se a Operação Calvário. Um pico de tensão. Felizmente o ambiente festivo não deu relevo para o avanço do clima pesado.

Veneziano e Adjany também fizeram críticas ao governo, mas conseguiram imprimir os aspectos negativos de maneira mais indireta, com menos peso, por fim, conseguiram dar o recado sem desconforto.

Propostas

E, com exceção desse pequenos momentos, o que assistimos foram candidatos mais desarmados, usando o tempo (dois minutos para resposta), para explanar como veem os nossos problemas, as ideias para solucioná-los.

Todos eles responderam oito perguntas sobre projetos na área da educação, saúde, tecnologia, política públicas para segurança, esportes, meio ambiente e cultura. Veja detalhes das repostas e propostas no Youtube do Jornal da Paraíba.

O ambiente leve, com mais animação e menos tensão, revelou candidatos ao governo podem e sabem apontar caminhos para o desenvolvimento do estado, criticando a nossa condição atual, quando necessário, mas gastando o tempo falando sobre os planos para melhorar os índices ruins.

Pequenos apontamentos

João respondeu pelo menos três perguntas que tinham como introdução números bons para ele, como os do Opera Paraíba (projeto para acabar com fila de cirurgias), dados da educação e de construção de escolas em tempo integral. Um reconhecimento dos alunos que houve avanço, mas que eles não estão contentes e têm noção de que é preciso mais. João, precisa sair da defensiva, parece desconfortável onde quer que esteja, mas conseguiu, em alguns momentos, "surfar" e fazer uma espécie de prestação de contas.

Pedro, que por pouco não se excede nas críticas duras, aproveitou bem o ambiente “jovial”. Explorou a linguagem simples, deixou pra traz o perfil de "jovem candidato aborrecido" (aparentou isso nos debates) e buscou fazer conexões inteligentes entre vários temas, inclusive aqueles que não estavam nas perguntas e aproveitou os dos minutos bem. E, claro, por identificação etária, foi bastante aplaudido.

Aliás, todos os presentes foram aplaudidos. Mas as manifestações de apoio a alguns foi aumentanto ao longo da sabatina. Isso aconteceu com Adjany Simplício. Soube explorar o tom professoral, de quem tem anos de sala de aula, criticou o governo com elegância, trouxe ideias sobre os problemas, contextualizou e deu seu recado de forma bem clara, mesmo ainda não sendo objetiva (com números, por exemplo) na hora de apresentar propostas. Como única mulher no palco, agigantou-se.

Veneziano deixou um pouco de lado a linguagem mais rebuscada. Foi elegante nas críticas feitas ao governo, avançou mais que Adjany, mas preferiu usar "o verbo" contra o governo federal, resgatou projetos bem sucedidos implantados quando foi prefeito de Campina e falou sobre sua atuação como parlamentar federal. Uma forma de mostrar experência. Quando percebeu que tinha uma parte da plateia que apoia a sua ligação com Lula, introduziu nas respostas a relação com o presidenciável. Saiu mais aplaudido do que começou.

Nilvan Ferreira foi convidado, estava tudo certo para participação dele. Mas 24  horas antes do evento, comunicou que não poderia participar porque tinha um compromisso importante em Brasília. Nesta sexta-feira (12), grava guia eleitoral com o presidente, junto com outros candidatos aos governos estaduais que apoiam Bolsonaro. Nilvan perdeu uma oportunidade de se apresentar para um público fora da bolha, que provavelmente o conhecia da TV, mas não como político.

Lições 

O espírito propositivo pode e deve prevalecer nos eventos desse tipo. Na TV ou em um espaço como aquele do Intermares Hall. Serão ouvidos, sim, aqueles que, de maneira clara, conseguem pontuar nossos problemas, criticar o que não foi feito ou esclarecer que o está sendo feito (no caso de João), mas apresentar os planos que têm para solucionar nossos gargalos.

Entre eles, índices de desenvolvimento baixo, analfabetismo alto, falta de esgotamento sanitário e tratamento de esgoto em boa parte do estado, apoio mais efeitvo e permanente a potencialidades  regionais, um ambiente de negócio menos inquisitório.

Do outro lado, vimos jovens que precisam encontrar estímulo, oportunidades de se aproximar da política real, que é feita por meio de diálogo, ideias diferentes, mas que focam no bem comum. Encontraram numa sabatina pensada em cada detalhes para eles.

Em evidência, o conhecimento sobre o próprio mundo e o mundo do outro, daqueles que não participaram do evento, mas não foram esquecidos no contexto dos questionamentos. Em destaque, o protagonismo e a consciência de um lugar no mundo de inquietude e transformação.

A SabaTEEna mostrou ainda que o uso de informação falsa para satisfazer convicções e alimentar o ódio ao plural, ao diverso, ao diferente, combate-se com a pilatra da boa informação, com o esclarecimento. Mais do que isso, com compreensão da realidade múltiplas e com capacidade de ouvir antes de atirar.

Parcerias

Os candidatos demonstraram extremo respeito à juventude ( que, em tese, parece afastada da política) ao aceitar participar da iniciativa pioneira da Rede Paraíba de Comunicação.

As escolas, por meio de diretores e coordenadores, tiveram um olhar sensível, à frente, ao enteder a proposta e abraçá-la com todo entusiasmo. Assim como aconteceu com mais de uma dezena de parceiros.

Como sociedade politizada, todos ganhamos. A semente foi plantada e frutos maiores virão porque política, essa que é cultivada para melhorar a vida de todos, tem que ser combustível dos desbates sociais e se discute, sim.

Imagem ilustrativa da imagem Na SabaTEEna, candidatos ao governo da Paraíba mostraram que podem debater trazendo mais ideias e menos ataques

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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