CONVERSA POLÍTICA
No PT ou PSB, Ricardo tem apoio de Lula para disputar vaga no Senado (ou na Câmara)
Publicado em 25/06/2021 às 14:51 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:55
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) tem muitos obstáculos jurídicos para ser candidato ano que vem. Está inelegível. Se nada mudar ou se nenhum brecha for aberta, é isso. Estará fora do jogo.
Porém, se, por algum motivo, ele consegue um registro de candidatura (não nos pergunte como), não precisa de um candidato a governador que o apoie.
Vai para disputa avulso. Na disputa a uma vaga no Senado, ou para Câmara dos Deputados, só precisa de Lula. Lula em alta e avalizando o ex-governador. Mesmo denunciado, mas sem condenação pela Operação Calvário.
Fora do PSB, Ricardo só tem e só precisa do aval do PT Nacional. E já mostrou que possui. Volta para o partido.
Se for pelo PSB, tem apoio do do ex-presidente e lobby para manutenção dele no partido socialista. Afinal, PT e PSB estão juntos e têm adversário comum: o bolsonarismo. Na PB, o PSB não tem nome para o Senado.
PT Nacional apoia Ricardo
O deputado estadual Anísio Maia (PT) não acredita que Ricardo vai ganhar espaço no PT para ser candidato pela legenda, caso saia do PSB.
Mas parece não lembrar que a Direção Nacional da legenda, a pedido de RC, passou por cima da candidatura dele à prefeitura de João Pessoa, em 2020. E, se não fosse a Justiça, Maia não teria feito nem campanha.
Ricardo pode ser o candidato de Lula. O petista também quer. Basta estar elegível e ter voto. E, juntando o que lhe resta de capital eleitoral, com o que o ex-presidente pode contribuir, dá um caldo para um mandato federal, no mínimo. Ganha imunidade parlamentar.
E nada exclui a possibilidade de Lula estar no palanque de João Azevêdo (Cidadania). Lula quer agregar e precisa de fiéis parlamentares, se virar presidente. Coutinho já provou em vários momentos.
É bom lembrar que o ex-presidente não apoiará um dos dois prováveis candidatos de João Azevêdo ao Senado: Efraim (DEM) e Aguinaldo (PP). Este último, já foi ministro nos governo petista, mas virou as costas para o PT no Impeachment de Dilma.
Em resumo, no PT ou PSB, Ricardo tem apoio de Lula para disputar vaga no Senado (ou na Câmara). Mas, agora, trabalha incansavelmente para encontrar a brecha da elegibilidade. Fragilizado, qualquer mandato agora é lucro. Lula, agora fortalecido, pode ser o impulso necessário.
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