CONVERSA POLÍTICA
Paraibano Marcelo Queiroga será ouvido na CPI da Covid-19 na próxima quinta-feira
Publicado em 29/04/2021 às 14:30 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:57
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira (29) a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para a próxima quinta-feira (06). Outros três ex-ministros da pasta no governo Jair Bolsonaro vão falar: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.
Durante a sessão, os senadores também aprovaram a convocação do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.
A agenda de convocações foi definida pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Durante a sessão, o relator também anunciou o pedido de compartilhamento de informações da CPI das Fake News que tratam sobre a pandemia (leia outros pedidos mais abaixo).
Os pedidos de informações resultaram em bate-boca. Aliados do governo pressionaram para que outros requerimentos – todos de solicitação de dados – fossem aprovados pela CPI, e não só os incluídos na lista pelo relator.
Após a suspensão da sessão, o relator acatou o pedido e leu uma leva de 94 requerimentos. Não foram incluídos na lista aqueles propostos por senadores governistas formulados por uma assessora do Palácio do Planalto.
Depoimento mais aguardado
O depoimento de Eduardo Pazuello é um dos mais aguardados pelos integrantes da CPI. O general do Exército comandou o Ministério da Saúde entre maio de 2020 e março de 2021.
A gestão de Pazuello foi marcada por recordes sucessivos no número de mortes por Covid. O ex-ministro deverá abordar temas como aquisição de vacinas; indicação de remédios sem eficácia comprovada contra a Covid; e o colapso na saúde de Manaus (AM).
Informações
Os pedidos de informação propostos pelo relator também preveem:
-inteiro teor dos processos administrativos de contratações de mais tratativas relacionadas à aquisição de vacinas e insumos no âmbito do Ministério da Saúde;
-toda a regulamentação feita pelo governo no âmbito da lei de enfrentamento à emergência de saúde pública, especialmente sobre temas como isolamento, quarentena e proteção de coletividade;
-registros de ação e documentos do governo relacionados a medicamentos sem eficácia comprovada, inclusive indicados pelo Tratecov, aplicativo feito pelo Ministério da Saúde;
- todos os documentos e atos normativos requerentes a estratégia de campanhas de comunicação do governo e do Ministério da Saúde, além dos gastos associados;
documentos e informações sobre o planejamento e critérios de definição dos recursos para o combate à Covid e sua distribuição entre os entes subnacionais;
- todos os contratos, convênios e demais ajustes da união que resultaram em transferência de recursos para estados e capitais, inicialmente;
-encaminhamento pela Secretaria de Saúde do Amazonas dos pedidos de auxílio e de envio de suprimentos, em especial oxigênio, além das respostas do governo federal.
Com informações do G1
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