Resultado da pesquisa Ipec é um alívio para governistas, mas projeta segundo turno "duro"

O resultado da pesquisa Ipec, divulgada, nesta segunda-feira (29), pelas Tvs Cabo Branco e Paraíba, trouxe um alívio ao governo.

É que um percentual acima de 30% do candidato à reeleição, João Azevêdo (PSB), foi a projeção feita para evitar a instalação de um  sentimento de enfraquecimento da candidatura, logo no início da campanha.

Azevêdo teve 32% das intenções de voto. Atrás dele, três disputam a segunda colocação.

Todos, com dois dígitos, têm motivos pra comemorar e "arregaçar as mangas". Pedro (PSDB) tem 16%, Nilvan (PL) 15% e Veneziano (MDB) 14%. Segundo o Ipec, estão empatados tecnicamente por causa da margem de erro de 3 pontos percentuais.

O segundo turno é dado como certo. Difícil imaginar um crescimento do primeiro lugar ou a queda dos adversários para gerar outro cenário.

Projeta-se, então, independentemente de quem conseguir ir adiante, uma segunda etapa dura para o governador.

É que os três adversários têm potencial de fazer alianças significativas, quando apenas um deles assumir a oposição depois do dia 2 de outubro.

João, por sua vez, vai ter que contar com a perspectiva de poder e apoios segmentados. O que faz toda diferença quando, por exemplo,  se fala de prefeitos e de lideranças que esperam uma "proteção" de governo.

A pesquisa Ipec mostra, por exemplo, que, independentemente da intenção de voto, 42% acham que ele vencerá a disputa. Um dado positivo na corrida à reeleição.

Para João, é administrar o jogo até a primeira votação. Para os outros três, será necessário aquecer a disputa entre eles e ficar atento à rejeição. 

Quem vai se destacar para merecer do eleitor seguir adiante? Quais serão as estratégias? Há espaço para poupar um adversário que pode "arrancar" a vaga na disputa.

Pelo perfil, Pedro e Veneziano até podem evitar conflitos mais duros. Nilvan não será poupado por Veneziano e vice-versa. Por sua vez, o bolsonarista pode colocar freios nas críticas ao tucano para evitar distanciamento em uma segunda etapa. Mas não será fácil. Encontrar o equilíbrio da crítica sem atingir o "coração", não é simples.

Agora, é ver como eles vão se "tratar", mas os números já revelaram que não adianta apenas "bater" em João. Aliás, o ataque ao governador até pode acontecer, mas não vai funcionar passar panos quentes nos adversários diretos.

Segura, que só está começando.

A pesquisa

A pesquisa foi realizada nos dias 26 a 28 de agosto de 2022 e foram entrevistados 800 votantes. A margem de erro máxima estimada é de 3 (três) pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo No PB‐04909/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo No BR‐05400/2022.

Veja também:

Pesquisa IPEC para o Senado na Paraíba: Ricardo lidera com 30%; Efraim tem 20% das intenções de voto