CONVERSA POLÍTICA
Caso Padre Zé: PGR opina pela manutenção da prisão de padre Egídio
O subprocurador-geral da República, José Adonis Callou de Araújo Sá, deu parecer favorável à manutenção da prisão do padre Egídio de Carvalho.
Publicado em 19/03/2024 às 17:17
O subprocurador-geral da República, José Adonis Callou de Araújo Sá, deu parecer favorável à manutenção da prisão do padre Egídio de Carvalho, preso desde novembro do ano passado no âmbito da Operação Indignus.
O análise do Ministério Público Federal (MPF) foi encaminhada ao gabinete do ministro Teodoro Silva Santos, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta segunda-feira (18).
O pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-diretor do Hospital Padre Zé foi apresentado diante de problemas de saúde física e mental sofridas pela investigado.
Em caráter liminar, os pedidos foram rejeitados, tanto no STJ quanto no Tribunal de Justiça, que considerou que ele poderia receber tratamento adequado na Penitenciária Especial do Valentina, onde ele está preso.
O entendimento do judiciário, nas duas instâncias, é que a decretação da prisão preventiva é necessária, considerando a gravidade concreta da conduta imputada a Egídio, a periculosidade social e o risco de reiteração delitiva.
O subprocurador segue o mesmo raciocínio, no parecer, ao levar em contas as práticas atribuídas ao padre dos crimes de organização criminosa, lavagem ou ocultação de bens ou valores, peculato e falsificação de documentos públicos e privados, que admite a prisão preventiva.
Também entende que a prisão é necessária como garantia da ordem pública e a preservação da própria segurança pública do ex-diretor da entidade.
Ainda não tem data definida para o julgamento do recurso.
Caso Padre Zé
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.
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