CONVERSA POLÍTICA
Piso da enfermagem: João pede revisão de cálculo e espera mais dinheiro da União
O prefeito Cícero Lucena, de João Pessoa, também reclamou do valor. Segundo ele, não é não é 'suficiente' o volume disponibilizado pelo governo federal.
Publicado em 19/05/2023 às 8:05 | Atualizado em 19/05/2023 às 8:31
Não foram só os prefeitos, por meio de associações e da confederação, que criticaram o valor distribuído pelo governo federal para pagamento do piso da enfermagem. Piso que deve começar a ser pago a partir de primeiro de julho, segundo decisão do ministro Barroso do STF, após revogação da suspensão da lei, esta semana.
O governado João Azevêdo (PSB) também reclamou. E, no caso dele, uma reclamação ao governo aliado.
“Assinei um ofício para que seja refeito o cálculo. Há um erro grande na distribuição de recursos. A Paraíba é o estado que tem o maior número de hospitais estaduais, temos 34 hospitais estaduais e gerenciamos todos, como os hospitais de Trauma de João Pessoa e Campina Grande”, afirmou João Azevêdo, disse Azevêdo em entrevista ao programa Hora H, apresentado Heron Cid e Wallison Bezerra.
De acordo com Azevêdo, a folha da Paraíba é de R$ 20 milhões e não há condições de pagar com o valor que foi destinado. "A rede hospitalar de Campina e João Pessoa é, obviamente, menor que a rede estadual. Tem um erro de cálculo e já falei com os ministros. Pernambuco, estado vizinho, vai receber R$283 milhões”, comparou.
O governo da Paraíba já paga o piso da enfermagem para profissionais efetivos. Mas os prestadores de serviço ainda não recebem o valor estabelecido em lei. A garantia de recursos é uma condição para que o pagamento seja feito.
No caso do enfermeiros efetivos, uma peculiaridade. Muitos que começaram a receber o piso, deixaram de receber gratificações, o que acabou diminuindo o valor dos vencimentos.
No sindicato não faltam reclamações dessa situação. O governo se apega ao discurso de que, mesmo sem a garantia efetiva de recurso da União, já cumpre a lei com alguns profissionais.
Cícero Lucena
O prefeito Cícero Lucena, de João Pessoa, também reclamou do valor. Segundo ele, não é não é 'suficiente' o volume disponibilizado pelo governo federal.
Outra preocupação que foi conversada com a senadora Daniela, presidente da comissão de orçamento, foi que esse recurso hoje é só para este ano. Nós precisamos garantir o pagamento para os anos seguintes", afirmou entrevista à imprensa.
O prefeito disse que a liberação dos pagamentos encontra-se na fase de trâmites burocráticos, além de ressaltar a necessidade de garantir os recursos necessários por mais anos.
Não sabemos ainda sobre como e a quem pagar. Essa é a preocupação para os anos futuros. Não adianta dar a solução para um ano. Precisamos resolver as questões pensando nos anos futuros, concluiu.
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