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CONVERSA POLÍTICA

Opinião: a política feita no Congresso, em vários momentos, vira as cotas para os problemas básicos do brasileiro

Em Brasília, políticos viram as costas para realidade brasileira. Unem-se e inflacionam a desigualdade. A pobreza e a miséria continuam sendo moeda de troca no Congresso.

Publicado em 21/12/2022 às 14:33 | Atualizado em 22/12/2022 às 10:45


                                        
                                            Opinião: a política feita no Congresso, em vários momentos, vira as cotas para os problemas básicos do brasileiro
Brasília: Sessão do Congresso Nacional para promulgação da emenda constitucional (103/2019) da reforma da Previdência. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil). Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em Mamanguape, centenas de pessoas se digladiam por uma cesta natalina. Aos tapas, quem dormiu na fila briga com quem chegou para furar a fila. Quem necessitava mais? Quem tem mais força? Qual o sacrifício é preciso fazer para conseguir o alimento?

Retrato doloroso e vergonhoso desse país de desigualdade sem fim. Sem alívio. Às vezes, a esperança foge.

Em Brasília, políticos viram as costas para realidade brasileira. Unem-se e inflacionam a desigualdade. Com aumento de salários, sem corte dos privilégios. Por isso, a capital federal é um país paralelo.

Aumentam os salários em votação relâmpago, com Orçamento garantido. Sem cálculos complexos, sem condicionantes, com todas as justificativas de recomposição de perdas.

Os cálculos das perdas para quem vive do mínimo brasileiro, no entanto, são mais complexos. Tem blá blá blá, teses, teto, nervosismo do mercado.

Muito alarde para pagar um mínimo que não paga o básico: morar, comer, se deslocar. Lazer? Já está fora há muito tempo.

Aliás, mínimo está tão mínimo, sem benefícios e perspectiva de aumento, que muitos estão preferindo a ajuda de R$ 600 e a liberdade para trabalhar livremente, com autonomia. Sem pressão, humilhação e, em alguns casos, até escravidão.

Mas pode ser pior. A pobreza e a miséria continuam sendo moeda de troca no Congresso. A Pec da Transição, por exemplo, que garante a assistência para os próximos anos, só passa se o dinheiro das emendas parlamentares do Orçamento Secreto forem garantidas.

Assim, sai da rubrica "secreta" e vai para impositiva. Mas perder esse poder de ser o "pai" do dinheiro não está nos planos.

As emendas chegam para "melhorar" (há de se questionara) os serviços nos municípios. Mas tem dono, nome, é garantia de voto na urna.

O que importa é manter pólvora para eleição, os privilégios e o dinheiro carimbado para deixar tudo como está. Com reeleições infinitas garantidas, mudanças de legislação com beneficiários sazonais.

Há algum tempo foi necessário dar um calote em quem espera há anos pelo pagamento dos precatórios para garantir R$ 400 de Auxílio. Depois, a chantagem eleitoral foi usada para manter a assistência aos mais pobres até o fim do ano.

Desculpem-nos os políticos que NÃO estão colaborando com esse cenário (há muitos), mas está muito difícil acreditar na política brasileira feita para o bem comum.

Está difícil acreditar que a política brasileira, com seus atores, seja sensível, seja capaz de resolver em um prazo de uma vida, os problemas reais dos brasileiros.

Está difícil olhar com tolerância a cenas de descaso com o desespero de famílias vulneráveis como os registrados em Mamanguape. Será que não poderiam ter descentralizado a entrega das cestas, dando mais dignidade a essas pessoas?

Imagem ilustrativa da imagem Opinião: a política feita no Congresso, em vários momentos, vira as cotas para os problemas básicos do brasileiro

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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