Queiroga dá o "drible da multa" para justificar o motivo de Bolsonaro não usar máscara

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES 

O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, voltou a tirar da 'cartola' mais uma desculpa para justificar a irresponsabilidade, o mau  exemplo, que o presidente Jair Bolsonaro dá ao país, quando incentiva o não uso da máscara.

Ontem, por exemplo, Bolsonaro ajudou duas crianças "abrirem a guarda" para o vírus, em evento no Rio Grande do Norte.

Em coletiva à imprensa, em João Pessoa, nesta sexta-feira (25), Queiroga foi perguntado sobre o descaso do presidente com uso da proteção, enquanto ele, o ministro, esforça-se em convencer a população sobre a importância do item.

Em um drible para proteger o presidente, Queiroga disse que o Bolsonaro apoia todas as iniciativas do ministério, inclusive as campanhas educativas, e que o que ele condena é o que chamou de "indústria da multa".

"As pessoas são livres, nós temos que conscientizar a população para aderir as medidas não farmacológicas (distanciamento e uso de máscara), não vai ser na base da multa, que vai se resolver isso", escapou Queiroga.

O ministro, tão inteligente, brinca com a inteligência alheia.

Quase ninguém foi multado nesse país por causa disso e o presidente, se foi, é porque estava "zombando" das gestões estaduais e municipais. Aí, pra dar satisfação e tentar dar exemplo, os gestores resolveram "dar umas canetadas".

Para não "zombar" com inteligência coletiva, o ministro deveria dizer, mais uma vez, que é incapaz de mudar as ideias fixas do presidente. É mais honesto.