CONVERSA POLÍTICA
Cotado para relatar Reforma Tributária, Efraim quer revisão do texto no Senado
De acordo com o senador, algumas mudanças foram feitas na reta final e precisão de melhor estudo sobre o impacto "na vida real das pessoas e das empresas"
Publicado em 10/07/2023 às 12:07 | Atualizado em 10/07/2023 às 12:17
O texto final da Reforma Tributária será finalizado até sexta-feira (14), para em seguida ser encaminhado ao Senado. Por lá, a bolsa de apostas de quem vai relatar a Proposta de Emenda Constitucional coloca o senador Efraim Filho (União), da Paraíba, como franco favorito.
Em entrevista exclusiva à CBN Paraíba, Efraim Filho, nesta segunda-feira (10), disse que independente de ser escolhido ou não como relator, vai trabalhar para evitar que o contribuinte pague mais impostos do que já paga. "A reforma deve vir para facilitar a vida de quem paga imposto, que é o cidadão, o empresário, e não para melhorar a vida do governo", disse Efraim.
De antemão, Efraim fez críticas ao texto-base aprovado na Câmara e defendeu que sejam feitas mudanças, em especial a definição das alíquotas dos impostos. "Será nossa missão nos aprofundar nessas mudanças que vieram de última hora, em plenário, para saber qual o impacto na vida real das pessoas e das empresas", comentou.
Uma das preocupações trata de benefícios fiscais para montadoras no Norte e Nordeste, que foram retirados do texto original da Reforma Tributária, na votação de um destaque do PL. "Acredito que vamos recuperar que esse incentivos são importantes para reduzir as desigualdades regionais", defendeu.
Relator da Reforma Tributária
Além do paraibano, outros cinco nomes circulam no Senado como possíveis relatores da reforma tributária. A maioria faz parte do Grupo de Trabalho na Casa, que adianta a discussão das mudanças do Sistema Tributário.
Os 'candidatos' são: Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Jaques Wagner (PT-BA).
Efraim toma a dianteira como preferência técnica, por ser o relator do GT, e também política. Líder do União Brasil no Senado, o paraibano é de uma ala independente ao governo Lula e alinhado com o setor produtivo. São pré-requisitos que agrariam o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Além disso, o senador se coloca como opção pelas propostas tributárias que tem emplacado no parlamento, como a da desoneração da folha para setores produtivos e outro que desburocratiza o processo de pagamento de tributos.
A reforma tributária só começará a ser analisada no Senado no segundo semestre, depois do recesso do Legislativo. Então, Rodrigo Pacheco terá várias semanas para avaliar o cenário político e definir o relator.
Eleições 2024
Além de senador, Efraim é presidente estadual do União Brasil e também respondeu questionamentos sobre o processo eleitoral na Paraíba. O paraibano não descartou a possibilidade de que o partido tenha candidatura própria em João Pessoa.
Já em Campina Grande, o acordo é com o projeto de reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima, inclusive com convite de filiação para a legenda. "O presidente do PSD, Gilberto Kassab, praticamente fechou as portas para Bruno. O União Brasil pode ser esse porto seguro para ele", afirmou.
Confira a entrevista à CBN Paraíba, na íntegra:
https://on.soundcloud.com/4oHFq
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