CONVERSA POLÍTICA
Reitor exige que entidades desocupem prédio da UFPB na praça Rio Branco em João Pessoa
Publicado em 23/06/2021 às 11:33 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:55
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
O reitor da UFPB, Valdiney Veloso, mandou trocar os cadeados, pediu as chaves e deu um prazo para que entidades sociais que ocupam o prédio da Universidade, na Praça Rio Branco, no Centro de João Pessoa, saírem do local.
A informação é da ex-vereador de João Pessoa, Paula Frassinete, diretora da Associação Paraibana de Amigos da Natureza (Apan), uma das 17 entidades, sem fins lucrativos, que usavam salas do prédio como sede.
Elas representam vários segmentos da sociedade civil, entre eles, o movimento pela moradia, movimento de mulheres, associações culturais, associação de juristas pela democracia.
“Fato deplorável, para desarticular os movimentos e as entidades da sociedade civil", lamentou Paula Frassinete, ex-vereadora de João Pessoa e representante da Apan.
O espaço havia sido cedido pela ex-reitora da UFPB, Margareth Diniz, para que as entidades tivessem um espaço para organizar as 'lutas' em prol dos grupos que representam. Eles não pagavam aluguel ou taxas.
Os representantes das associações receberam a informação que a reitoria vai precisar do prédio e quer o local desocupado até semana que vem. Na sexta-feira (25), às 9h, algumas entidades vão fazer a mudança para locais ainda indefinidos.
O prazo dado é até o dia 30 deste mês. Algumas entidades estão com problemas para pegar ao próprio material porque ficaram sem acesso ao local.
Desde que assumiu, o novo reitor tem exigido requisitado espaços que pertencem a Universidade. Em alguns casos, cobra o pagamento de taxas de aluguel dos prédios, como alguns que estão sendo utilizados por sindicatos, associações e entidades de classe. Valdiney Veloso alega que está cumprindo a lei.
Semana passada, o reitor determinou que o sindicato e associação dos professores da entidade desocupem os prédios que ocupam atualmente no campus de João Pessoa. A alegação é de que eles estariam usufruindo de área pública sem pagar aluguel. A dívida acumulada chegaria a R$ 2,6 milhões, para cada uma.
Neste caso do prédio na praça Barão do Rio Branco, o reitor não cobrou taxas, mas pediu que as entidades desocupassem o local.
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