CONVERSA POLÍTICA
Roseana Meira é exonerada da Secretaria Executiva de Economia Solidária
A pasta, recentemente, teve o nome envolvido na Operação 5764, que investiga contratos fraudulentos entre cooperativas de alimentos, o governo do estado e prefeituras.
Publicado em 10/05/2022 às 7:03 | Atualizado em 10/05/2022 às 8:42
O governador João Azevêdo exonerou Roseana Meira da Secretaria Executiva de Economia Solidária. A demissão foi publicada na edição desta terça-feira (10) do Diário Oficial do Estado. A pasta está ligada a Secretaria de Desenvolvimento Humano, comandada por Tibério Limeira.
A Secretaria, recentemente, teve o nome envolvido na Operação 5764, que investiga contratos fraudulentos entre cooperativas de alimentos com o governo do estado e também com prefeituras.
No dia em que a Operação foi deflagrada, 6 de abril, foram presos dois acusados de participação e coordenação do suposto esquema: Jaciel Franklin, presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária na Paraíba (Unicafes/PB); e Marcelo Eleutério de Melo, ex-gerente Executivo das Casas de Economia Solidária.
Marcelo ficou na Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária até fevereiro deste ano, quando foi demitido. Ele era subordinado a Roseana Meira.
O Conversa Política apurou que a demissão está ligada a Operação. O governo, em ano eleitoral, evita que o desgaste chegue de maneira mais forte com avanço das investigações. Semana passada, a então secretária, já comunicada da exoneração, despediu-se dos colegas da gestão.
Jaciel e Marcelo continuam presos preventivamente. As defesas dos envolvidos negaram a participação nas irregularidades. As investigações foram acompanhas por órgãos de controle do governo do estado.
Contratos
Seis contratos do governo da Paraíba com cooperativas estão na mira dos investigadores da Operação 5764. Entre eles, um que o estado pagou R$ 320 mil na compra de frango caipira e branco de cooperativas, mas parte do produto não chegou ao prato das famílias carentes paraibanas. Nesse contrato, o rombo aos cofres públicos identificado pelos investigadores da Operação 5764 é de R$ 123 mil.
A Operação foi deflagrada pelo Observatório de Gestão Pública, formado por órgãos de controle e de instituições do próprio governo, como Controladoria e Secretaria da Fazenda.
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