CONVERSA POLÍTICA
Sem confiança na chegada regular de vacinas, Ministério da Saúde quer 2ª dose "guardada"
Publicado em 27/04/2021 às 15:47 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:57
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, não quer "pagar" para ver. Nem quer "chuva de decisões judiciais", obrigando a sua pasta a garantir as segundas doses que, eventualmente, foram usadas para avançar no processo de imunização de mais grupos prioritários. "Não vai ter vacina para todo mundo", diz sobre possíveis ações da Justiça.
Nem o próprio ministro confia mais na estratégia adota pelo ex-ministro Pazuello, em março, e referendada por ele, no início de abril.
Agora, por causa da escassez, deve recomendar, oficialmente, que as autoridades de saúde do país deixem as segundas doses guardadinhas. Nada de avançar sem ter certeza de que será algo continuo..
A sinalização da mudança foi dada na reunião da Comissão da Pandemia no Senado, ontem.
Em João Pessoa, a prefeitura parece que não vai cair mais na armadilha. Viu a imagem de eficiência na vacinação desabar quando a estratégia do MS não deu garantias. Agora, recuperada do tombo, deve ser mais cautelosa.
Sem horizonte de fartura de doses, melhor recuar e deixar os imunizados parcialmente tranquilos, com a certeza de que vão completar o esquema de vacinação proposto nas bulas dos laboratórios e no Plano Nacional.
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