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CONVERSA POLÍTICA

Sheyner deixa defesa de Padre Egídio por "incompatibilidade de estilos" com outros advogados

O advogado Sheyner Asfora decidiu abandonar a defesa do Padre Egídio de Carvalho Neto, suspeito de liderar um suposto esquema de desvio de dinheiro no Hospital Padre Zé.

Publicado em 21/11/2023 às 16:25


                                        
                                            Sheyner deixa defesa de Padre Egídio por "incompatibilidade de estilos" com outros advogados

O advogado Sheyner Asfora decidiu abandonar a defesa do Padre Egídio de Carvalho Neto, suspeito de liderar um suposto esquema de desvio de dinheiro no Hospital Padre Zé. Em comunicado à imprensa, divulgado nesta terça-feira (21), o paraibano alegou "incompatibilidade de estilo" com relação a atuação adotada pelos advogados que também tem feito a defesa do ex-diretor da entidade.

Na nota, Sheyner agradece a oportunidade a Padre Egídio e a confiança depositada em seu trabalho. "Esclareço, ainda, que exerci o meu dever de comunicação desta minha decisão pessoalmente ao padre Egídio de Carvalho Neto e, por conseguinte, protocolei a petição de renúncia nos autos do processo que tramita perante o Poder Judiciário paraibano.

No curso das investigações, Padre Egídio contratou o escritório R Ferraz Advogados Associados. Ontem (20), o advogado José Rawlinson Ferraz Filho deu entrada num pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar do pároco, alegando que Egídio teria uma série de problemas de saúde física e mental, algumas com necessidade de tratamento em Recife.

O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça, que determinou a prisão do padre e das ex-funcionárias também investigadas de participação no esquema, enviou à Procuradoria de Justiça para manifestação acerca dos pedidos. Além de Egídio, Jannyne Dantas também pediu afrouxamento da prisão para domiciliar, como concedido a Amanda Duarte.

Prisão de Padre Egídio

O ex-diretor do Hospital Padre Zé está preso no presídio do Valentina, em João Pessoa, desta a última sexta-feira (17), no âmbito da segunda fase da Operação Indignus.

Padre Egídio é suspeito de envolvimento em esquema de desvio de recursos da unidade filantrópica. As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

De acordo com o MPPB, as investigações, que desencadearam esta operação, revelam um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões, de 2013 a setembro deste ano.

Confira nota na íntegra:

COMUNICADO À IMPRENSA

Informo à imprensa que não mais patrocino a defesa do padre Egídio de Carvalho Neto, uma vez que renunciei os poderes que me foram outorgados por razões de incompatibilidade de estilo com relação a atuação adotada pelos colegas advogados que continuarão no patrocínio dos interesses do até então constituinte.

Assim, por questão de justiça e reconhecimento, registro, nesta oportunidade, o meu agradecimento ao padre Egídio pela confiança depositada em meu trabalho profissional que exerci com ética, boa técnica, zelo e dedicação, atributos esses que tenho honra e orgulho de serem os condutores da minha trajetória de mais de 20 anos de exercício da advocacia criminal.

Esclareço, ainda, que exerci o meu dever de comunicação desta minha decisão pessoalmente ao padre Egídio de Carvalho Neto e, por conseguinte, protocolei a petição de renúncia nos autos do processo que tramita perante o Poder Judiciário paraibano.

Dessa forma, em estrita observância ao Código de Ética e Disciplina da OAB, declaro que não mais irei me pronunciar sobre o presente caso objeto deste comunicado de renúncia.

João Pessoa/PB, 21 de novembro de 2023

SHEYNER ASFÓRA

OAB/PB 11.590

Imagem ilustrativa da imagem Sheyner deixa defesa de Padre Egídio por "incompatibilidade de estilos" com outros advogados

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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