CONVERSA POLÍTICA
Sob investigação, 'cai' o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
Publicado em 23/06/2021 às 18:06 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:55
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
A edição extra do "Diário Oficial da União", desta quarta-feira (23), trouxe a exoneração, à pedido, do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. No mesmo decreto, o presidente Bolsonaro nomeou Joaquim Álvaro Pereira Leite como novo ministro da pasta. Pereira Leite exercia até então o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério.
A permanência no cargo estava insustentável. Ricardo Salles também é alvo de inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por supostamente ter atrapalhado investigações sobre apreensão de madeira.
'Bolsonaristas' acusam do STF de fazer ativismo judicial. Por outro lado, não falta quem lembre que a suspeita dos 'crimes' foi apresentada pela Polícia Federal. Salles nega ter cometido irregularidades.
Passando a boiada
Contestado, por agir para facilitar a destruição e não proteger o meio ambiente, em nome de interesses econômicos, Salles esteve dentro de muitas polêmicas.
A mais famosa surgiu após a divulgação do vídeo de uma reunião ministerial de 22 de abril de 2020. No encontro, Salles sugeriu a Bolsonaro que o governo aproveitasse a pandemia da Covid-19 para "ir passando a boiada", alterando regras ambientais.
Na saída, em pronunciamento, disse: "Experimentei ao longo destes dois anos e meio muitas contestações, tentativas de dar a essas medidas caráter de desrespeito à legislação, o que não é verdade", declarou.
Sob investigação, cai, mas deixou um preposto no ministério.
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