POLÍTICA
Deputado federal Ruy Carneiro quer debater mudanças no FPE e no FPM
Ruy observou que o atual modelo de distribuição dos impostos fragiliza os estados e municípios.
Publicado em 13/07/2011 às 21:37
Da Redação
Com assessoria
O deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (13) para abordar dois temas fundamentais para o equilíbrio financeiro dos Estados e municípios brasileiros: a ampliação das receitas que constituem os Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM), através da PEC 40/2011, que é de sua autoria. E a criação de uma Comissão Especial para debater o novo modelo de distribuição do FPE e FPM, como determina a Constituição, uma vez que o atual modelo só tem validade até 31 de dezembro de 2012.
Ruy observou que o atual modelo de distribuição dos impostos fragiliza os estados e municípios. “Em 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal, de cada R$ 100 reais arrecadados, R$36 reais eram repassados aos Estados e municípios. Mas hoje, de cada R$ 100 reais, apenas R$ 19 reais são repartidos. Tal fato, atestado pelos números oficiais da Receita Federal do Brasil, põe em risco a Federação, e fragiliza estados e municípios de economia frágil”, argumentou.
De acordo com Ruy Carneiro, o atual modelo de concentração dos impostos junto à União amplia o fosso das desigualdades regionais, impede o desenvolvimento nacional, torna impraticável a redução das desigualdades sociais, condena milhões de brasileiros à fatalidade da miséria, da fome, do desemprego, distorce em desfavor dos menos favorecidos o equilíbrio que originariamente a Constituição quis assegurar a todos os membros da Federação.
O parlamentar explicou que a brutal concentração de recursos tributários na mão do Governo Federal, gestada ao longo das duas décadas pós-Constituição de 1988, teve como origem a criação de tributos nacionais não partilhados pelo Governo Federal com os Governos Estaduais, municipais e do Distrito Federal, como a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, PIS e a COFINS.
Ruy Carneiro acrescentou que a PEC 40/2011, não exaure a questão, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, a Lei Complementar que estabelece o rateio do FPE e do FPM só tem validade até 31 de dezembro de 2012.
“Esta Casa tem o dever de liderar este debate, como tantos outros que já ocorreram no passado, razão pela qual encaminhei requerimento à Mesa da Câmara pedindo a composição de uma Comissão Especial para tratar deste tema, antecipando e assumindo postura propositiva, como deve ser o papel do Parlamento em um Estado Democrático de Direito”, resumiu.
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