POLÍTICA
Discurso de adversário vira regra entre lideranças de PT, PSB e PMDB
Falas de lideranças acentuam um rompimento cada vez mais próximo das alianças que foram firmadas durante as eleições de 2014.
Publicado em 02/09/2015 às 8:00
Em outubro do ano passado, PSB e PT subiam juntos no palanque em prol da reeleição do governador Ricardo Coutinho. O segundo turno levou o PMDB para o mesmo grupo, depois da candidatura fracassada do então senador Vital do Rêgo Filho ao governo do Estado. Menos de um ano depois e a pouco mais de um ano para a próxima eleição, as alianças são vistas com desconfiança pelas próprias lideranças, e os discursos acentuam um rompimento cada vez mais próximo.
Na última segunda, o governador Ricardo Coutinho surpreendeu até peemedebistas históricos, como o vereador Fernando Milanez, ao deixar claro que a decisão do PMDB pela candidatura própria, acentuada com a recondução do deputado Manoel Júnior à presidência do diretório municipal do partido, coloca em cheque a aliança entre os dois partidos.
Embora não admita se o partido lançará ou não candidatura própria à prefeitura de João Pessoa em 2016, o governador cobrou lealdade do PMDB ao ser questionado sobre a possibilidade de Trócolli assumir uma secretaria no governo. Para o vereador Renato Martins (PSB), é preciso que os dois partidos conversem e que o presidente do PMDB, José Maranhão, ajude a “abrir portas” para esse diálogo. No tocante ao PT, a aliança que começou ainda no primeiro turno de 2014 vem dando sinais de desgaste há mais tempo ainda.
O último episódio aconteceu na segunda-feira, quando Cartaxo revelou não ter recebido convite para a solenidade de inauguração do Trevo das Mangabeiras. Ao ser questionado sobre isso, Ricardo Coutinho tratou o assunto com desdém. “Não sou do cerimonial. Se você perguntar se a presidente Dilma foi convidada, eu não saberia dizer”, disse.
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