POLÍTICA
Dom Aldo manda Luiz Couto provar existência de grupos de extermínio
Religioso diz que parlamentar petista tem "ideia fixa" sobre a existência de grupos de extermínio na Paraíba e classifica declarações como "graves e comprometedoras".
Publicado em 30/01/2009 às 13:51
Phelipe Caldas
O arcebispo da Paraíba dom Aldo Pagotto criticou na tarde desta sexta-feira (30), durante entrevista ao programa Paraíba Agora, da Rede Paraíba Sat, as declarações do padre Luiz Couto, deputado federal petista que denuncia a existência de grupos de extermínios atuando na Paraíba.
Ele classificou as declarações do padre-religioso como sendo “graves e comprometedoras”, disse que esta era uma “ideia fixa” do parlamentar e o desafiou a apresentar provas sobre o que ele costumeiramente denunciava.
Sobre a relação de Luiz Couto com a Igreja Católica, dom Aldo disse que o parlamentar estava licenciado de suas obrigações eclesiásticas e portanto afastado da Igreja.
“Estas são afirmações particulares dele, que não correspondem a opinião da Igreja Católica”, declarou o arcebispo da Paraíba.
As declarações de dom Aldo ainda são em repercussão ao assassinato do advogado Manoel Mattos, vice-presidente do PT de Pernambuco que foi executado em Pitimbu, na Paraíba.
Luiz Couto, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e que foi relator da CPI dos Grupos de Extermínios, disse que o crime estava relacionado com a atuação destes grupos no Estado.
Antes mesmo do início das investigações, por sinal, Luiz Couto acusou o policial militar Flávio Inácio Pereira de ser o responsável pelo crime. Ele já teria sido preso acusado de participar de grupos de extermínio e já teria feito ameaças públicas contra o advogado morto.
E mesmo que as autoridades policiais da Paraíba continuem negando a relação do crime com o grupo de extermínios, foi justamente Flávio Inácio quem foi preso acusado de ser o mandante do crime.
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