Dom Aldo quebra o silêncio e critica "minimalismo" da política da PB

Phelipe Caldas

O arcebispo metropolitano de João Pessoa, dom Aldo Pagotto, quebrou o silêncio na tarde desta quinta-feira (19) e explicou porque resolveu passar os últimos meses sem dar entrevistas. Ele disse que foi vítima de um mal entendido, fruto do “minimalismo” existente entre os dois grupos políticos que polarizam o poder na Paraíba.

De acordo com o religioso, as pessoas na Paraíba costumam radicalizar o discurso sempre que alguém conversa com uma figura pública. “Você não pode conversar com um lado, porque já pensam que a gente está contra o outro lado. A verdade é que fui ingênuo e me dei mal. Fui mal interpretado”, revelou.

Mas mesmo adotando uma postura mais conciliadora, dom Aldo não perdeu a oportunidade para criticar o atual Governo Maranhão. Segundo ele, o Estado não está apoiando o trabalho do Comitê Paraibano em Defesa da Transposição. “Na paraíba só existe discurso governamental e pouca prática”, disparou.

Ele aproveitou a deixa para também criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente disse que “até Jesus para governar precisaria de aliar com judas”. Para dom Aldo, “é o perfil de um presidente que gosta de frases de efeito apenas para aparecer”.