POLÍTICA
Dom Aldo segue orientação da CNBB e evita falar de política
Após pedir impeachment da presidente Dilma e fazer movimento contrário, Dom Aldo decide silenciar sobre a atual conjuntura.
Publicado em 25/03/2016 às 7:59
Depois de ter saído às ruas para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e depois ter seguido o governador Ricardo Coutinho (PSB) em movimento contrário, o arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto, recuou dos protestos e resolveu seguir a cartilha da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ontem, durante homilia da Missa dos Santos Óleos, na catedral Basílica, em João Pessoa, o chefe da igreja católica na Paraíba orientou os padres no Estado a não se meterem com política, sobretudo a partidária.
Dom Aldo disse que agora está evitando dar qualquer tipo de opinião a respeito da atual conjuntura política, que perpassa pelas investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato, com desdobramentos sobre o governo petista, que perpassa pelos dois mandatos do ex-presidente Lula (PT) até o atual mandato de Dilma Rousseff. “Me valendo do pronunciamento oficial da Igreja do Brasil, onde se pede à população que não fique de um lado ou de outro, contra ou a favor, como um cabo de guerra”, completou.
O entendimento da CNBB, que dom Aldo sugere que seja seguido, é que se aguardem o desenrolar das investigações. “Pedimos que aguardem a apuração da corrupção e a devida punição, mas não exasperar-se querendo resultados imediatistas que certamente na fúria, na animosidade e nas polêmicas não teremos resultados muito bons”, advertiu.
O posicionamento ponderado em nada comunga com o histórico de dom Aldo, que sempre participou ativamente de diversos episódios da política nacional e local, firmando posicionamento de apoiar uma liderança política em detrimento de outra. Em 2009, por exemplo, o arcebispo esteve ao lado do senador Cássio Cunha Lima após a cassação de seu mandato de governador na Justiça Eleitoral. Depois, ele tem se mantido aliado fiel do governador Ricardo Coutinho (PSB) desde o início do seu primeiro mandato, tanto que subscreveu, no dia 5 de março do ano passado, a adesão à Frente Partidária em Defesa da Reforma Política e da Democracia.
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