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POLÍTICA

Efraim exonera funcionárias e diz que vai colaborar com a PF

Senador emitiu nota à imprensa se defendendo das acusações de que teria contratado duas funcionárias fantasmas em seu gabinete. Ele pediu ampla investigação do caso.

Publicado em 19/05/2010 às 15:35

Phelipe Caldas
Com informações da assessoria do parlamentar

O senador Efraim Morais (DEM) divulgou nota à imprensa na tarde desta quarta-feira (19) se defendendo das acusações de que teria contratado duas funcionárias fantasmas em seu gabinete. Ele exonerou as três pessoas envolvidas neste novo escândalo e diz que vai colaborar com as investigações.

De ínicio, ele lembrou em sua defesa que todos os servidores contratados no Senado Federal tomam posse apenas após a assinatura de vários documentos, e que por isto era impossível alguém ser empossado sem saber da nomeação.

Efraim se referia às irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva, que o denunciaram por suspeita de contratação de funcionários fantasmas. Ambas não tinham emprego fixo, mas recebiam o que acreditavam ser uma bolsa de estudos de R$ 100 que duas amigas teriam conseguido junto à Universidade de Brasília (UnB). Para isso, elas assinaram procurações que iriam para a universidade.

A descoberta foi feita no mês passado, quando Kelriany conseguiu um emprego e foi ao banco abrir uma conta. Só neste dia a estudante descobriu que ela e a irmã já tinham contas correntes e estavam empregadas no gabinete do senador Efraim Morais. O salário de cada uma das irmã era de R$ 3,8 mil.

Nos documentos que entregaram à Polícia Civil, as irmãs aparecem na relação de funcionários do gabinete do senador. Uma das amigas que pediu a procuração é Mônica da Conceição Bicalho, que trabalha para o senador. Esta admitiu que contratou as irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva, que as três tinham firmado um acordo que culminava numa “situação irregular”, mas que o senador de nada sabia.

Efraim, então, diz que já solicitou a exoneração de seu gabinete das três envolvidas na questão ( Kelriany e Kelly Nascimento e Mônica Bicalho) e disse esperar que a Polícia Judiciária conclua o inquérito necessário para apontar as devidas responsabilidades. E lembra que como imediata das duas irmãs e responsável pela contratação de ambas, cabia a Biscalho “a responsabilidade sobre a regular execução de serviços prestados”.

Por fim, ele avisa que vai colaborar com as investigações da Polícia Federal. “[Efraim] Determina que este gabinete ofereça toda colaboração possível, inclusive documentos para exames periciais grafotécnicos”, avisa a nota.

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Jornal da Paraíba

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