POLÍTICA
Ex-diretor do Dnit quer falar na CPI
Existem pelo menos nove requerimentos para a sua convocação que ainda não foram apreciados pelo plenário da comissão.
Publicado em 09/06/2012 às 8:00
O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, disse ontem que "está à disposição" da CPI do Cachoeira para prestar depoimento.
Existem pelo menos nove requerimentos para a sua convocação que ainda não foram apreciados pelo plenário da comissão.
Alguns deputados e senadores querem que esses requerimentos sejam pautados na próxima reunião administrativa da comissão, marcada para a próxima quinta-feira. "Estou no interior, mas ao inteiro dispor da CPI para prestar depoimento", disse Pagot, em entrevista à Agência Brasil. Ele evitou falar sobre quem tem interesse em impedir seu depoimento. "Não quero falar sobre isso. Só quero mesmo dizer que estou inteiramente à disposição da CPI para prestar esclarecimentos."
Na opinião do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pagot tem muito a contribuir com a comissão. "Ele teria que falar de imediato, pode dar detalhes sobre as relações que existem nos bastidores entre as empreiteiras e os governos estaduais'', destacou o senador. "Estamos perdendo tanto tempo com quem não quer falar. Por que não ouvir quem quer?", questionou.
O depoimento de Pagot passou a ser considerado urgente por alguns integrantes da comissão, após ele ter denunciado o uso de verbas públicas para formação de caixa 2 de campanhas eleitorais em São Paulo. A denúncia foi feita em entrevista à revista "IstoÉ", na qual ele se referiu a um suposto esquema de desvio de verba na obra do Rodoanel para as campanhas de José Serra à Presidência e de Geraldo Alckmin ao governo paulista em 2010. Pagot também disse, em entrevista à revista "Época", que contrariou interesses do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso em Brasília, e da Construtora Delta quando estava à frente do Dnit.
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