POLÍTICA
Ex-diretor fica calado em sessão da CPI que investiga Petrobras
Paulo Roberto Costa também rejeitou a possibilidade de uma sessão secreta.
Publicado em 17/09/2014 às 18:08
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa invocou o direito de ficar calado e não responder as perguntas dos parlamentares na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista que investiga denúncias de irregularidades na estatal. Logo após entrar na sala da comissão, na tarde desta quarta-feira (17), acompanhado de uma advogada, ele disse que não falaria.
“Boa tarde a todos. Vou me reservar ao direito de ficar calado”, afirmou Costa aos parlamentares.
Diante da posição do ex-diretor, o presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo (PMDB) ainda perguntou se ele aceitaria uma sessão secreta, o que foi negado.
Mesmo diante do propósito do depoente de ficar em silêncio, a CPI decidiu que os parlamentares poderiam fazer perguntas.
O primeiro a formular questões foi o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS). A todas as seis questões do petista, Costa afirmou que não tinha nada a declarar ou que se manteria calado.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou que não se justificava a manutenção das perguntas diante da disposição do depoente de não responder, os parlamentares iniciaram um debate sobre a conveniência de manter a sessão aberta. O líder do DEM, Mendonça Filho, apresentou um requerimento para transformar a sessão em uma reunião fechada, mas a proposta foi rejeitada por maioria.
Regras
Senadores e deputados ficaram por quase 30 minutos discutindo os procedimentos a serem adotados para a oitiva de Paulo Roberto Costa. A maioria dos parlamentares quis uma sessão aberta, a fim de que todos tivessem o direito de perguntar, mesmo sabendo que o acusado poderia ficar em silêncio.
O senador Humberto Costa (PT-PE) chegou a lembrar que "não existe sessão secreta no Congresso Nacional", e acrescentou que ocorreram vazamentos anteriormente na CPI do Cachoeira.
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