POLÍTICA
Falha humana é a principal linha na investigação da morte de Teori Zavascki
Delegado disse que todas as perícias indicam não ter havido sabotagem contra a aeronave.
Publicado em 10/01/2018 às 14:06
Falha humana é a principal linha de investigação sobre a morte do ministro Teori Zavascki, segundo relato parcial apresentado nesta quarta-feira (10) pelo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. Primeiro relator da Operação Lava Jato no STF, Zavascki morreu na queda de um avião nos arredores de Paraty, Rio de Janeiro, há um ano.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rubens Maleiner, a principal linha de investigação leva a crer em falha humana nas manobras de aproximação da aeronave da pista de pouso em Paraty. “Esta é a linha principal”, afirmou. Ele disse que todas as perícias indicam não ter havido sabotagem contra a aeronave.
“A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, com diversos exames periciais e atos investigatórios diversos, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado, pelo contrário, os elementos que atingimos até agora, todos conduzem a um desfecho não intencional e trágico, infelizmente, naquele voo”, disse Maleiner, que participou da reunião de quase 1h30 com Cármen Lúcia na manhã desta quarta-feira (10).
Maleiner disse não haver prazo para a conclusão definitiva das investigações, mas adiantou que está próximo de terminar seus trabalhos. “A investigação está em curso, sempre importante relembrar isso, qualquer coisa que nós digamos aqui é provisório, pode eventualmente ser modificado, mas ela está em estágio bastante avançado.”
Foram abertas três investigações sobre morte de Teori Zavascki, uma pela Força Aérea Brasileira (FAB), uma segunda pelo Ministério Público Federal (MPF) e a terceira pela Polícia Federal (PF). Nenhuma foi concluída até o momento.
O avião bimotor que transportava Teori Zavascki e mais quatro pessoas, incluindo o piloto, caiu no mar próximo a Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, em 19 de janeiro do ano passado. Todos os ocupantes morreram.
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