POLÍTICA
Ferraz acusa Fabiano Lucena de manobra para prorrogar processo
Procurador denuncia manobra arquitetada por Fabiano Lucena e por seu advogado Abelardo Jurema Neto para adiar processo que pede a cassação do parlamentar.
Publicado em 06/11/2008 às 18:20
Da Redação
Durante a sessão do TRE desta quinta-feira (6), o procurador regional eleitoral, Guilherme Ferraz, levantou suspeitas sobre o pedido de adiamento do julgamento de cassação do mandato eletivo do deputado estadual Fabiano Lucena.
O processo entraria em pauta no Tribunal Regional Eleitoral nesta tarde, mas a defesa pediu seu adiamento alegando que o advogado estaria em viagem à Brasília, para acompanhar outros processos que estão em andamento no Tribunal Superior Eleitoral.
Ferraz garante, no entanto, que entrou em contato com a empresa TAM e descobriu duas estranhas peculiaridades: a passagem do advogado Abelardo Jurema Neto foi emitida pela Assembléia Legislativa da Paraíba e depois da data em que foi publicada a pauta da sessão do TRE.
Outra questão levantada pelo procurador é a de que, segundo os autos, seis advogados estavam autorizados para responder pelo processo, mas que os outros cinco foram retirados, deixando no processo justamente o que iria viajar.
Ele vai pedir que a corte do TRE investigue os fatos e garanta que o relator do caso, juiz Nadir Valengo, declare seu voto na próxima segunda-feira (10). Esta será a última sessão de Valengo antes dele se afastar da corte, e se ele não proferir seu voto o processo irá sofrer novos atrasos, já que um novo relator deverá ser nomeado.
Fabiano Lucena é acusado de chefiar uma quadrilha de compra de votos que teria atuado nas eleições de 2004 e de 2006, comprando cerca de três mil votos e ajudando na eleição do vereador pessoense João Almeida em 2004 e da dele próprio para deputado estadual em 2006.
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