POLÍTICA
Frei Anastácio critica TSE pela absolvição da chapa Dilma-Temer
Para petista, julgamento foi um circo armado que não considerou provas.
Publicado em 10/06/2017 às 12:06
Ao mirar no presidente Michel Temer (PMDB), o deputado Frei Anastácio (PT) acabou atingindo em cheio também a ex-presidente e correligionária Dilma Rousseff (PT). Ao analisar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela absolvição da chapa Dilma/Temer no dos crimes de abuso de poder político e econômico nas eleições 2014, o petista defendeu que as delações que incriminariam a chapa tivessem sido consideradas no julgamento.
Para o petista, a decisão previsível que inocentou a chapa Dilma/Temer, mostra claramente de que lado está a justiça eleitoral. “Tudo o que poderia incriminar Temer, eles não consideraram no julgamento. Isso mostra que aquele poder está do lado dos golpistas. Eles deram mais um golpe no povo brasileiro”, afirmou o deputado.
O deputado acrescentou, ainda, que o julgamento de uma semana, “não passou de um circo armado com espetáculo repetido, onde em todo boteco de esquina já se sabia até do placar que, em minha opinião, foi tudo combinado. O próprio Gilmar Mendes disse no final que nunca se pensou em cassar a chapa para retirar Temer do poder. Na verdade, esse julgamento foi mais um golpe no povo Brasileiro. Precisamos ir às ruas contra todos esses golpistas e para dizer que não aceitamos mais golpes. Diante de tudo, que vimos, não resta outra opção para povo, a não ser lutar através das mobilizações para dar um basta em tudo isso”, afirmou.
Em compensação, o deputado disse que o TSE também legitimou os 54 milhões de votos que Dilma recebeu nas eleições. “Mas, esses 54 milhões de eleitores não querem Temer no Governo. Exigem um presidente eleito pelo voto, através de eleições diretas”, afirmou o deputado.
Frei Anastácio disse também que, com essa decisão, o TSE leva o povo brasileiro, cada vez mais, a desacreditar na justiça. “Para inocentar o golpista, os ministros fizeram de tudo. Ao mesmo tempo, eles confirmaram que a eleição de Dilma foi limpa. Mas, se fosse ela que estivesse no poder, com certeza eles teriam juntado todas as acusações para incrimina-la”, relatou.
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