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POLÍTICA

Guerra da Secessão ajudou emancipação de Campina Grande

Com batalha civil, Inglaterra recorreu à cidade para comprar algodão.

Publicado em 11/10/2017 às 6:00

O encontro entre a Guerra da Secessão, nos Estados Unidos, e a emancipação de Campina Grande são unidos pela necessidade de algodão por parte da Inglaterra. A conexão entre os três eventos é amarrada pelo PHD em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) José Camilo. O professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e membro do Instituto Histórico de Campina Grande destaca que a economia da cidade pegou carona neste conjunto de fatos, provocando uma decisão de caráter político.

Por volta de 1864, com a guerra nos Estados Unidos e a necessidade de algodão, a Inglaterra recorreu ao Brasil, um período em que o país aumentou suas exportações de algodão para Europa e Campina estava neste bojo. “Então, provavelmente um deputado, talvez o padre Francisco Alves Pequeno, que tenha pretendido e requisitado na Assembleia Provincial a emancipação de Campina Grande”, explica o historiador.

Coletoria

Segundo ele, talvez tenha sido tática também da presidência da providência, vendo que Campina Grande, exportando muito algodão em tropas de burro para o porto do Recife , achou de criar aqui cidade, pois como cidade poderia colocar uma coletoria aqui e fiscalizar. Tanto é que coloca realmente e a cidade ficou emancipada, em 1864.

“Em 1867, se implanta a primeira coletoria aqui e ela começa a aplicar os impostos tanto que sete anos depois, da coletoria instalada aqui, estoura a Revolta dos Quebra-Quilos, movimento dos camponeses e feirantes, revoltados com a cobrança de impostos, pregam a mudança do sistema métrico decimal”, ressalta Camilo.

Acrescenta o historiador que, nessa parte, o algodão foi importante, emancipou a cidade e depois atraiu o trem já no período de República. “Esse trem que é uma empresa inglesa, que vem do Recife, a Great Western, ela se implanta aqui em 1907 para carrear esse algodão para porto do Recife. Nesse momento, já tem um polo têxtil, algodoeiro muito importante”, lembra.

Industrialização

Josemir Camilo ainda assinala que o ciclo de algodão chega praticamente ao fim na década de 50 no século passado. Com a chegada da luz, da hidrelétrica de Paulo Afonso, e da água, do Açude de Boqueirão, Campina Grande começa o seu ciclo de industrialização. Vai ser melhor investir na industrialização do que no algodão porque São Paulo passou a Paraíba e o Nordeste, na produção. Em seguida, vem a queda do fio de algodão em troca do fio sintético.

“Depois vem a praga do bicudo e se perde todo o espaço de algodão que existiu praticamente durante a primeira metade do século vinte em Campina Grande. Foi a maior concentração do capital em cima do algodão para o período mercantil. A partir do final dos anos cinquenta, o Governo Juscelino Kubitschek , com energia e água, e depois a Sudene, ai é outra fase, a da industrialização de Campina Grande”, destaca o historiador.

Imagem

Jornal da Paraíba

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