POLÍTICA
Hervázio e Quintans reassumem
Hervázio volta, inclusive, a assumir a liderança da bancada governista, mediante convite do governador Ricardo Coutinho.
Publicado em 01/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:27
Os suplentes Assis Quintans (DEM) e Hervázio Bezerra (PSB) assumiram, ontem, duas vagas titulares na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Hervázio volta, inclusive, a assumir a liderança da bancada governista, mediante convite do governador Ricardo Coutinho (PSB) apresentada ontem à Casa.
Já o deputado Adriano Galdino (PSB) assumiu a vice-liderança da bancada.
Hervázio revelou que retorna ao cargo com a mesma determinação com que defendeu o governo em outras oportunidades. Ele disse que não ficou surpreso com a decisão do governador pela liderança. “Vamos procurar atender às expectativas do governador, dos representantes do governo e do povo da Paraíba”, disse.
O retorno de Hervázio acontece depois de o governo passar mais de um mês sem liderança na Assembleia Legislativa. A saída do deputado aconteceu quando houve a reforma administrativa, em decorrência das desincompatibilizações no início de abril.
Ele explicou que sua volta à ALPB não era esperada pela bancada de oposição. “Faço parte de uma coligação de 12 deputados, da qual sete deles oferecem, hoje, apoio a Cássio Cunha Lima, entre eles, o deputado Assis Quintans, e cinco a Ricardo Coutinho. Então, o que esperávamos era que um deputado da ala de Cássio se licenciasse para beneficiar o deputado Quintans, quando isso acontecesse, um do nosso lado tiraria licença para que eu pudesse assumir. Eles esperavam que, obstaculando a ascensão de Quintans, atrapalhariam os planos para o meu retorno. Como não houve esta concretização, dois nossos tiraram, que foram o deputado Antonio Mineral e Manoel Ludgério, para que eu retornasse à Assembleia”, explicou.
O deputado Assis Quintans declarou que votará acompanhando a oposição nesta nova gestão. “Antes eu atuava com independência, mas respeitava as sugestões do titular da minha vaga, o deputado Adriano Galdino (PSB). Agora, com a saída de Antonio Mineral (PSDB), conversei com ele e deixei claro que minha posição na ALPB será diferente da dele, e ele compreendeu. Eu votarei de acordo com a ocasião, mas a tendência é acompanhar a oposição”, disse.
OPOSIÇÕES AINDA SEM LÍDER NA ALPB
Desde que o deputado Anísio Maia (PT) deixou a liderança da oposição na ALPB, a bancada ainda não encontrou um deputado para assumir o cargo. Anísio, inclusive, afirmou que não quer nem participar das discussões sobre a nova liderança da oposição na Casa. “Não estou acompanhando as conversas, nem quero fazer parte delas”, declarou.
Para ele, a volta de Hervázio Bezerra para a bancada de situação mostra o quanto é difícil assumir este cargo no parlamento paraibano. “É uma tarefa que exige experiência, e apenas um deputado apresentou esta característica, que foi Hervázio Bezerra. É tanto que o governo moveu o mundo inteiro para fazer dele o líder, mostrando que só havia esta chance para se formar a liderança, mostrando a dificuldade de trabalhar para este governo”, disse.
A mesma dificuldade, para o deputado Raniery Paulino (PMDB), não se apresenta na bancada de oposição. Segundo ele, hoje, a bancada conta com várias alternativas de parlamentares para assumir a liderança e a escolha será feita de forma democrática.
“Ainda não temos uma data para a escolha do novo líder. Não tivemos nenhuma conversa acerca disso, mas vai ser uma escolha democratizada, com estes novos integrantes que estão na bancada de oposição”, disse.
Ele destacou que o deputado Gervásio Maia (PMDB) vem exercendo o papel interinamente, enquanto nenhum líder é escolhido. “Na sessão de terça-feira, inclusive, houve encaminhamentos por meio dele, que cumpriu muito bem o papel. Ele já foi líder em outras ocasiões e na ausência de Gervásio outros deputados poderão cumprir este papel, pois estão habilitados para isto”, declarou.
Para Anísio, entre as características necessárias para que um deputado assuma a liderança da oposição na ALPB estão a transparência e a postura verdadeira. “Tem que ser alguém acima de qualquer suspeita, que tenha tido, ao longo destes três anos na Casa, uma postura de oposição verdadeira ao governo, e que não tenha participado de reuniões secretas. Esta é a característica principal”, afirmou o parlamentar.
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