POLÍTICA
Jair Bolsonaro um dia vai passar. Hino Nacional sobreviverá a ele. Deixem Fagner cantar no STF!
Publicado em 14/09/2020 às 6:15 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:54
Vi João Gilberto cantar o Hino Nacional num show no Recife, em 2000.
Paulinho da Viola cantou o Hino Nacional na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Caetano Veloso cantou o Hino nacional na posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do STF, em 2016.
Agora, vimos Fagner cantar o Hino Nacional na posse do ministro Luiz Fux na presidência do STF.
Li que os dois - o cantor e o ministro - são velhos amigos.
Fagner votou em Jair Bolsonaro para presidente, em 2018.
Fagner disse estar arrependido do voto que deu a Bolsonaro.
Pode estar arrependido ou não, mas o Hino Nacional não tem nada a ver com isso.
O Hino Nacional, aliás, também não tem nada a ver com o presidente Bolsonaro.
A melodia composta por Francisco Manuel da Silva e os versos escritos por Joaquim Osório Duque-Estrada pertencem ao povo brasileiro, independente da cor partidária ou da ideologia de quem está governando o país.
Bolsonaro vai passar.
Do mesmo modo que lá chegou, a extrema direita, um dia, será defenestrada do poder pelo voto popular.
O Hino Nacional sobreviverá.
Continuará emocionando quem sempre se emocionou com ele.
Deixem Fagner cantar o Hino Nacional no STF.
Ele não é um artista mais ou menos decadente por causa disso.
Que bobagem ir para as redes sociais detratá-lo.
Duvido que, nos Estados Unidos, os democratas deixem de cantar o Star Spangled Banner por causa de Donald Trump.
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