POLÍTICA
Líderes da Assembleia se esquivam ao falar do caso da verba social
Gervásio Filho e Manuel Ludgério se esquivam e dizem que só Arthur Cunha Lima pode falar da questão. Ambos dizem que assunto é específico da mesa diretora.
Publicado em 28/04/2009 às 14:17
Phelipe Caldas
Os líderes da bancada de situação e de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba finalmente quebraram o silêncio e falaram sobre o escândalo do uso indiscriminado de verbas sociais por parte da Assembleia Legislativa da Paraíba. Mas ambos evitaram entrar em polêmica, preferiram se esquivar e, a exemplo de outros colegas, passaram a bola para a mesa diretora da Casa. Em entrevistas ao programa Paraíba Agora, da 101 FM, Gervásio Filho (PMDB) lembrou que em seis anos de AL nunca ocupou cargos de diretoria na AL e na mesma linha Manuel Ludgério (PDT) disse que este é um “assunto específico da mesa diretora”.
Gervásio ocupa a liderança da situação no legislativo paraibano. Ele diz que evita entrar em detalhes sobre o assunto porque nunca ocupou cargos na mesa diretora e por isto não saberia falar com profundidade sobre o lado administrativo da Casa. “Se quiserem que eu fale sobre a tramitação de projetos eu poderei falar o que quiserem, mas sobre o lado administrativo eu deixo a cargo da Mesa”, declarou.
Ainda falando sobre os atuais diretores do legislativo estadual, ele diz que Arthur Cunha Lima (presidente da AL) deveria fazer uma reunião com todos os 36 deputados estaduais e assim prestar explicações e esclarecimentos sobre o assunto.
Já Ludgério, que é líder da oposição, diz que como a verba era aprovada pela Mesa, apenas o deputado-presidente pode ir a público para falar sobre o caso. “Não cabe a nós, líderes de bancada, falar algo que diz respeito aos diretores do legislativo paraibano”, destacou.
Ele, no entanto, tentou minimizar o assunto e disse que esta verba social já existe há muitos anos. E especificamente sobre Arthur, ele preferiu sair em defesa do colega. “É um homem sério e respeitado que certamente conseguirá esclarecer o problema à sociedade”.
Entenda o caso
O Jornal da Paraíba trouxe matéria neste domingo (26) em que mostra um montante de R$ 11,5 milhões destinados ao programa de “Assistência Social a Pessoas e Entidades sem fins lucrativos em situação de necessidade” que foram usados sem critério pelo legislativo paraibano.
Apesar de teoricamente ser destinado a pessoas carentes, entre a relação dos beneficiados do programa estão empresários, políticos, produtoras de eventos e até clubes de futebol. Mas a maior parte da verba, ou R$ 7 milhões, foram mesmo para os deputados estaduais. Para ler a reportagem clique aqui.
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