Luiz Couto nega que tenha desistido de candidatura ao Senado

"Não desisti de ser candidato a senador”, disparou na noite de quinta-feira (8) o deputado federal Luiz Couto (PT) em suas redes sociais. A declaração foi uma resposta à informações de que o partido teria desistido de lançar a candidatura do petista ao Senado, após acenos do governador Ricardo Coutinho (PSB) a oferecer a vaga na chapa para eleições deste ano ao deputado Veneziano (MDB).

Segundo a tese que motivou o vídeo, a chapa encabeçada pelo secretário de recursos hídricos, João Azevedo (PSB) ao governo, seria composta por Ricardo Coutinho e Veneziano ao Senado. A pretensa chapa, inclusive, foi o estopim para o desembarque do senador Raimundo Lira (MDB) do projeto socialista e sua aproximação com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), que é pré-candidato a governador, a fim de assegurar espaço para sua disputa a reeleição.

No vídeo, Luiz Couto disse que não houve nenhuma conversa com o governo do estado, nem com a senadora Gleise Hoffmann, que é a presidente nacional do PT, sobre a retirada do seu nome ao Senado Federal. Ainda segundo o petista, Gleise Hoffmann deve vir à Paraíba para tratar das eleições deste ano.

“Estamos na luta para reeleição como deputado federal, mas temos que dialogar para que de fato, tendo as condições para a disputa nós possamos representar a Paraíba no Senado Federal. Quero dizer para todos aqueles que usam e abusam de colocar informações de que quando a minha decisão for definitiva eu serei o próprio para dizer qual a decisão que tomei”, finalizou, no vídeo, o deputado.

Padre de formação, Luiz Couto está no cargo de deputado federal desde 2003 e este ano encerra o seu quarto mandato na Câmara Federal com o status de ter sido indicado pela direção estadual do PT como pré-candidato ao Senado, em convenção realizada pelo partido em dezembro do ano passado. Antes de migrar para Brasília, o petista foi eleito para dois mandados consecutivos na Assembleia Legislativa, de 1995 a 2003.

Bloco do 'eu sozinho'

Caso seja mantida a candidatura de Luiz Couto ao Senado, o petista deverá encontrar outro obstáculo nas hostes internas do PT, já que há uma resolução interna que deve barrar a coligação político-partidária nas eleições deste ano com partidos que contribuíram para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Aliado do governador Ricardo Coutinho, o PT teria, a preço de hoje, de dividir palanque o DEM, do deputado Efraim Filho, nas eleições de outubro. O deputado Anísio Maia (PT) já antecipou que não sobe em palanque com os democratas. Mesmo pensamento comunga o presidente estadual do PT, Jackson Macedo, e outras lideranças petistas como o deputado Frei Anastácio.