POLÍTICA
Magistrado diz que sobram irregularidades nas gestões
Para juiz, baixo IDH é motivado pela má aplicação do dinheiro na saúde, educação e programas sociais.
Publicado em 07/06/2015 às 8:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 16:55
Para o coordenador do mutirão da improbidade administrativa no âmbito do Tribunal de Justiça da Paraíba, juiz Aluízio Bezerra Filho, o baixo IDH nos municípios é motivado pela má aplicação do dinheiro na saúde, educação e programas sociais. “No país não falta recurso, o que sobra é corrupção”, afirma o magistrado.
Aluízio ressalta que a má gestão leva ao empobrecimento das cidades e gera dificuldades para o cidadão pela falta, principalmente, de mais saúde e educação, porque são as áreas onde os municípios têm atuação focada no sentido de atender às demandas sociais. “Se os recursos fossem aplicados de forma integral, trariam resultados para a população, o IDH seria outro. Nós teríamos melhores condições de ensino e de saúde”, assinala.
Diante desse cenário, ele destaca que o Congresso Nacional precisa fazer uma revisão das leis relativas à improbidade e à corrupção. “Até agora nós tivemos o mensalão, a Lava Jato e sucessivos escândalos, mas não há de concreto nenhuma medida efetiva que vise reprimir e reprovar”, concluiu Aluízio Bezerra.
O IDH é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento e a qualidade de vida oferecida à população. O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), órgão da ONU.
No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita. De acordo com o relatório de 2012, as 10 cidades com menor IDH da Paraíba: São José da Lagoa Tapada, Marcação, Curral de Cima, Poço Dantas, Santa Cecília, Cuité de Mamanguape, Cacimbas, Damião, Casserengue e Gado Bravo.
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