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POLÍTICA

MPF investiga suposto crime de improbidade de Wilson Filho

Deputado teria usado verba do 'cotão' para pagar despesas com diretório. 

Publicado em 23/03/2017 às 14:10

O Ministério Público Federal da Paraíba (MPF) instaurou inquérito civil para apurar possível crime de improbidade administrativa por parte do deputado federal Wilson Filho (PTB). Presidente do diretório municipal do PTB de João Pessoa, o parlamentar teria se utilizado da cota para exercício da atividade parlamentar, o chamado 'cotão', para custear despesas do PTB no estado, conduzido pelo pai, Wilson Santiago.

Segundo dados do sistema da Câmara Federal, no período de janeiro a julho de 2015, Wilson Filho utilizou cerca de R$ 50 mil do cotão, através da rubrica “manutençao de escritório e apoio a atividade parlamentar”, para quitar gastos com o aluguel da sede do partido na capital, localizado na Avenida Epitácio Pessoa, 3.869, no bairro de Miramar, além de outras despesas como contas de água, luz e até a taxa de coleta de lixo.

As despesas do PTB paraibano deveriam ser pagas com recursos do fundo partidário. Em 2015, o partido recebeu R$ 26,9 milhões do fundo partidário.

O inquérito civil que apura a improbidade administrativa é de responsabilidade procurador da República, Victor Veggi, mas está momentaneamente sendo conduzido pelo procurador da República, Yordan Moreira Delgado. A assessoria do MPF explicou que a substituição foi necessária tendo em vista que Veggi está em Brasília auxiliando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desde janeiro, e que os procuradores na Paraíba têm feito rodízio para conduzir os trabalhos.

Conforme a portaria que converteu o procedimento preparatório em inquérito, publicado no Diário Oficial da União da última terça-feira (21), o MPF terá o prazo de um ano para conclusão das investigações para definir se processo Wilson Filho.

O deputado Wilson Filho informou que ainda não foi notificado sobre a abertura do inquérito e desconhece a solicitação do Ministério Público. Ele só irá se pronunciar sobre o assunto após conhecer o processo, mas adianta que assunto veio à tona no ano de 2015 e, à época, prestou todos os esclarecimentos a respeito.

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Jornal da Paraíba

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