POLÍTICA
PB perde R$ 333 milhões por mês com adiamento de julgamento dos royalties
Estados e Municípios não confrontantes deixam de receber R$ 1,7 bilhão.
Publicado em 09/11/2019 às 9:40 | Atualizado em 10/11/2019 às 9:34
O adiamento do julgamento dos royalties do petróleo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para o próximo dia 20 de novembro, tem prejudicado financeiramente estados e municípios. Segundo estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), repercutido nesta sexta-feira (8) pela Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), o prejuízo mensal da Paraíba é de aproximadamente R$ 333,3 milhões.
Enquanto o julgamento não ocorre, segundo o levantamento da CNM, Estados e Municípios não confrontantes deixam de receber R$ 1,7 bilhão dos recursos dos royalties.
“Lamentamos o adiamento para julgar essa matéria. Seis anos é muito tempo para tomar um posicionamento sobre o tema. Essa definição é de extrema importância para a população dos 223 municípios paraibanos. Mas a nossa Paraíba, guerreira como é, não ficará de braços cruzados. Vamos à luta e se for preciso, montaremos acampamento em frente ao STF para que essa definição saia”, disse o presidente da Famup, George Coelho.
A Lei 12.734/2013, que alterou os critérios de distribuição dos royalties, foi suspensa liminarmente pela ministra Carmem Lúcia em decorrência da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4917. Após uma mobilização, encabeçada pela Famup, onde mil prefeitos levaram um bolo para frente do prédio do STF e cantaram parabéns pelos seis anos para julgar a matéria que provocou a suspensão da legislação, o Supremo marcou a data do julgamento. O ato ocorreu em abril deste ano, durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
Caso a lei comece a valer, a Paraíba receberá R$ 4 bilhões por ano em royalties e mais R$ 500 milhões referentes a multas. A Famup destaca que essa demora no julgamento causa sérios prejuízos financeiros aos municípios paraibanos e informa que está mobilizando uma nova ação no STF para cobrar uma definição sobre essa matéria, que vem penalizando os entes federativos mais frágeis, que são os municípios.
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