POLÍTICA
Petrolão: Vitalzinho diz que não participou de esquema de propina
Após ser alvo de buscas da operação “Deflexão”, ministro do TCU divulga nota.
Publicado em 05/12/2016 às 17:53
Em nota divulgada no final da tarde desta segunda-feira (5), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, manifestou seu respeito e compreensão ao trabalho das autoridades competentes no exercício de suas funções legais. “Tenho certeza que a medida, cumprida com eficiência e urbanidade, vai confirmar que jamais tive qualquer participação nos fatos em apuração”, frisou Vitalzinho.
Na manhã desta segunda, a Polícia Federal (PF) cumpriu, com apoio da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Receita Federal, mandados de busca e apreensão na casa e nos escritórios do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e do deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara. Os dois são investigados desde maio pela Operação Lava Jato. A Polícia Federal batizou essa fase da operação de "Deflexão".
Em relação a Vitalzinho, foram cumpridos mandados judiciais por ordem do ministro Teori Zavascki – relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) – em Brasília e João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba
O objetivo é coletar provas do suposto envolvimento de Marco Maia e Vital do Rêgo em um esquema de cobrança de propina. A Polícia Federal informou que executivos de empreiteiras afirmam ter repassado mais de R$ 5 milhões para "evitar retaliações".
Os dois são suspeitos de terem cobrado uma espécie de "pedágio" de fornecedores da Petrobras para blindá-los e impedir suas convocações na CPI mista do Congresso Nacional que, em 2014, investigava as suspeitas de irregularidades na estatal do petróleo. Vitalzinho, quando senador, foi presidente da CPI.
Em maio, Teori havia autorizado a abertura de um inquérito para investigar o envolvimento dos dois na Lava Jato com base na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
Veja nota de Vital do Rêgo
“Com relação à diligência ocorrida na manhã de hoje, quero manifestar meu respeito e compreensão ao trabalho das autoridades competentes no exercício de suas funções legais.
Tenho certeza que a medida, cumprida com eficiência e urbanidade, vai confirmar que jamais tive qualquer participação nos fatos em apuração.
Quero renovar meu compromisso de irrestrita colaboração com as autoridades, naquilo que for necessário, dentro do que determina o devido processo legal e as regras que regem o Estado Democrático de Direito”.
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