Em dezoito anos, 550 paraibanos foram encontrados em condições de escravidão

MPT lança amanhã projetos para prevenir e combater práticas

Foto: MPT-RS

O fim da escravidão no Brasil aconteceu em 1888, com a Lei Áurea. Mas até hoje as chagas deixadas pela prática ‘sombria’ ainda marcam a sociedade brasileira. Um desses resquícios é a existência de trabalhadores submetidos a situações semelhantes à escravidão.

As situações são muitas e nem sempre chegam ao conhecimento das autoridades.

Mas o número de pessoas resgatadas em inspeções revela o tamanho do problema. Entre os anos de 2003 e 2021 foram 550 paraibanos resgatados, em vários pontos do país, em condições análogas à escravidão.

Em abril deste ano foram três da cidade de São José de Piranhas e um de Monte Horebe, resgatados de uma plantação de maçãs no Estado de Santa Catarina.

Amanhã o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançará os projetos ‘Liberdade no Ar’ e ‘Educar para não resgatar’. As iniciativas têm por objetivo a prevenção e o combate ao tráfico de pessoas para fins de trabalho escravo.

Vale muito o engajamento nessa causa.

O combate ao trabalho escravo, aliás, não é uma responsabilidade somente do MPT. Todos nós somos corresponsáveis por esse enfrentamento. É uma questão de humanidade, de dignidade, de viver e ser livre…