PLENO PODER
Alvo em escândalo do INSS, associação entrou na mira do Gaeco em caso que afastou juiz da Paraíba
Operação Retomada foi realizada no fim de 2024
Publicado em 13/05/2025 às 11:12

Investigadores que atuam apurando o escândalo do INSS, que vitimou milhares de idosos no país desde 2016, identificaram semelhanças entre o caso e uma investigação feita pelo Gaeco, do Ministério Público da Paraíba, no fim do ano passado.
Uma das coincidências é a presença da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) nas duas investigações.
Conforme o Gaeco, a entidade é um dos alvos de um 'esquema' que teria fraudado procedimentos junto à Comarca de Gurinhém.
No fim do ano passado vários mandados de busca e apreensão foram cumpridos, numa ação batizada como "Operação Retomada".
Uma das ordens judiciais foi a de afastamento do cargo, pelo período de um ano, do juiz Glauco Coutinho - um dos investigados pelo Gaeco. Além dele, três advogados também estão na mira dos investigadores.
O grupo, contudo, não tem relação com o caso bilionário (R$ 6 bilhões) investigado pela PF junto ao INSS.
Na fraude do INSS a atuação era administrativa e a AAPB é alvo de um pedido feito pela Advocacia Geral da União (AGU) que pede o bloqueio de R$ 2,5 bilhões. Os recursos seriam usados, mais à frente, para ressarcir parte das vítimas.
O modo de atuação analisado na Paraíba tinha como base ações judiciais coletivas para suspender empréstimos consignados e abrir margem para novos financiamentos; assim como a simulação de acordos coletivos onde os aposentados e pensionistas, às vezes, não tinham o conhecimento dos termos - acarretando descontos nos contracheques.
A partir das descobertas, os investigadores agora estão compartilhando informações na tentativa de aprofundar as 'coincidências'.
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