Braiscompany: três não foram julgados na primeira sentença; entenda o motivo

A Justiça Federal condenou 10 dos 13 réus no caso Braiscompany, investigados durante a Operação Halving da Polícia Federal. A decisão da 4ª Vara incluiu os donos da empresa, parentes e ex-funcionários do núcleo que mantinha o funcionamento do empreendimento. O grupo foi enquadrado por supostas fraudes contra o sistema financeiro, além de outros crimes.

Da decisão, claro, cabe recurso.

Três daqueles que foram denunciados pelo MPF ainda aguardam julgamento: Fabiano Gomes da Silva,
Victor Hugo Lima Duarte e Felipe Guilherme de Souza. É que houve o desmembramento do caso em ações penais independentes, com relação aos três.

Na denúncia o MPF aponta Victor Hugo como ex-broker de extrema confiança do casal Braiscompany, tendo participado de transações e transferências de recursos, assim como ajudado na fuga do casal. Ele permaneceu preso na Argentina até início deste ano, quando foi extraditado.

Já Fabiano Gomes teria atuado na dissimulação de parte dos bens do casal; Felipe Souza, por sua vez, também teria atuação como broker e segundo o MPF cedeu o passaporte para que Antônio Neto pudesse deixar o país.

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Foto: divulgação/PF

A investigação do MPF na Braiscompany

A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos.

Na operação a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo – na primeira fase.