Bruno convida sobrinha de Veneziano para PMCG e inicia última fase da aliança em Campina

A política pode ser observada sob vários vieses. Um deles ideológico, que norteia o olhar de seus protagonistas sobre a realidade; outro pragmático, que é percebido na ocupação de espaços e no retorno político que as alianças possibilitam para os atores envolvidos. E vou citar apenas dois deles, sob o risco de não divagar em excesso sobre a temática.

Hoje o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), anunciou que convidou a sobrinha do senador Veneziano Vital (MDB), Pâmela Vital do Rêgo, para assumir uma das pastas da gestão municipal.

O movimento é a materialização de uma aliança já firmada entre os dois há meses - iniciada com o apoio do emedebista à candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) no segundo turno das eleições estaduais ano passado.

É, eu diria, a última etapa a ser consumada.

Isso porque há muito tempo Veneziano tem sido o maior 'puxador' de recursos em Brasília para a gestão municipal. Foi o responsável, por exemplo, pela liberação dos empréstimos pleiteados pelo município junto ao Banco do Brasil e outras instituições financeiras. Sem a intervenção dele, os principais projetos da gestão poderiam demorar ainda mais a sair do papel.

O cargo a ser ocupado por Pâmela ainda não foi anunciado. Bruno disse que se reunirá hoje com ela para 'bater o martelo' no convite.

No início falei sobre o retorno político das alianças. Para Bruno os dividendos da atuação de Veneziano em Brasília, alavancando os pleitos da gestão; além de, claro, a soma do MDB em sua base de apoio para 2024. Já para Veneziano a perspectiva de fortalecimento de seu projeto à reeleição em 2026, colocando-se como o candidato do grupo oposicionista ao Senado.

O início da fase administrativa da aliança está em curso, definitivamente. Pâmela deverá ser o primeiro nome.