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PLENO PODER

Delegada e escrivão são presos em operação do MPPB suspeitos de extorquir funcionário público federal

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Delegacia de Polícia Civil de Alagoa Grande e nas casas dos investigados.

Publicado em 22/04/2021 às 16:32 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:55

A delegada Maria Solidade de Sousa e o escrivão Alexadre de Souza, ambos da Polícia Civil da Paraíba, foram presos em flagrante nesta quinta-feira (22). Eles são suspeitos do crime de concussão, que é a exigência de vantagem indevida, feita por um servidor público. Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão e três de busca e apreensão.

A Polícia Civil da Paraíba, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que está avaliando o caso. Já a defesa da delegada, disse que ela é inocente e que vai pedir que a prisão dela seja revogada.

A prisão aconteceu por meio de mandados de prisão, durante da operação “Cara de Pau” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap). Ambos os órgãos são do Ministério Público da Paraíba.

De acordo com informações do promotor Guilherme Lemos, que coordena o Ncap, um servidor público federal denunciou que estava sendo extorquido pelos dois investigados.

A delegada e o escrivão estariam exigindo dinheiro para beneficiá-lo em um procedimento policial que apurava uma ação cometida por ele. Por isso, ele pagou uma quantia à delegado e ao escrivão. Depois, com autorização judicial, o Ncap e o Gaeco monitoraram o segundo pagamento, prendendo os acusados em flagrante.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo um na Delegacia de Polícia Civil de Alagoa Grande e dois nas residências dos acusados, em João Pessoa. Os dois investigados foram presos e conduzidos para a Central de Polícia em Guarabira, onde aguardarão a audiência de custódia.

O nome da operação “Cara de Pau” foi em alusão ao atrevimento dos dois acusados de cometerem um ato de concussão dentro de uma delegacia, achando que não responderiam pela conduta.

A mesma delegada havia sido afastada do cargo pelo Justiça em 2016. Na época ela foi investigada por desvio de valores provenientes de pagamentos de fiança.

Por Iara Alves

Imagem ilustrativa da imagem Delegada e escrivão são presos em operação do MPPB suspeitos de extorquir funcionário público federal

João Paulo Medeiros

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