PLENO PODER
Depois de cortes em pesquisas da UFCG, Capes vai anunciar redistribuição de bolsas
Publicado em 26/02/2020 às 10:33 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:39
Cortes feitos ano passado atingiram 21 programas de pós-graduação da UFCG. Recursos são fundamentais para pesquisas
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) deve divulgar ainda essa semana a relação das bolsas a que terão direito os cursos de mestrado e doutorado em todo o país. No caso da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o anúncio tem uma importância especial. É que a universidade foi uma das que mais sofreram com os cortes feitos ano passado. Foram 218 bolsas de pesquisa canceladas, 50 delas apenas no programa de pós-graduação de Engenharia Química - o que mais sofreu cortes em todo o Brasil.
Os recursos são fundamentais para a manutenção das pesquisas. As bolsas são, na maioria das vezes, a única fonte de renda de estudantes oriundos de cidades pequenas do Estado (por exemplo) que precisam sobreviver em Campina Grande. Ano passado o Governo Federal fez cortes nesses investimentos e a região Nordeste foi, proporcionalmente, a mais prejudicada com os cancelamentos.
Foram canceladas 2.063 bolsas de universidades nordestinas, o que representa 12% do total. No Sudeste, foram 2.882 bolsas, 6% do total. Em todo o país, de acordo com dados divulgados pela Folha de São Paulo e obtidos através da Lei de Acesso à Informação, foram 7.590 cancelamentos.
A expectativa é de que a Capes faça a redistribuição de 4,5 mil bolsas já existentes em 2020. Para determinar quantas bolsas serão concedidas a estudantes de cada programa de mestrado ou de doutorado, serão levados em consideração critérios como a nota obtida pelo curso em avaliações conduzidas pela Capes, o número de estudantes que concluíram o curso e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da cidade onde o curso é ofertado. Atualmente, os bolsistas de mestrado recebem, por mês, R$ 1,5 mil e os de doutorado, R$ 2,2 mil.
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