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PLENO PODER

Na Paraíba, Progressistas tem mais 'munição' para liderar que União Brasil

Federação entre os dois partidos pode modificar cenário político estadual

Publicado em 19/03/2025 às 17:05


				
					Na Paraíba, Progressistas tem mais 'munição' para liderar que União Brasil

A possibilidade do União Brasil e Progressistas formalizarem uma Federação tem mobilizado os bastidores da política paraibana desde ontem, quando o partido de Ciro Nogueira (PP) decidiu avançar com a iniciativa. Uma junção das duas legendas poderia aproximar, para um mesmo palanque, o senador Efraim Filho (UB) e o grupo Ribeiro (PP) - hoje em lados opostos.

O Progressistas aguarda o sinal verde do União Brasil, mas muitos já dizem que, em abril, o processo de federalização tenha sido concluído.

Hoje caciques dos dois partidos disseram que há espaço para diálogo.

Efraim lembrou que sempre manteve uma boa relação com o grupo Ribeiro. Já Mersinho Lucena, filho do prefeito Cícero Lucena (PP), derivou no mesmo sentido com relação aos Morais.

Mas a construção não é simples.

É que União e Progressistas querem ser protagonistas em 2026 na Paraíba. O primeiro com a candidatura de Efraim ao Governo. O segundo com o projeto de reeleição de Lucas, ou, quem sabe, uma candidatura a governador do prefeito Cícero Lucena.

Mas que desfecho deve ser esperado, caso a Federação seja formalizada?

O critério número 1 para definir quem dará as cartas nos Estados será o número de cadeiras na Câmara Federal. Nesse caso, o Progressistas está em vantagem. Tem dois deputados (Aguinaldo e Mersinho), enquanto o União possui apenas Damião Feliciano.

Efraim argumenta, contudo, que o seu partido possui um mandato no Senado até 2030.

Esse fator, contudo, pode ser ofuscado com o retorno da senadora Daniella Ribeiro para o Progressistas e, sobretudo, com a perspectiva de Lucas assumir o Governo do Estado em 2026. A regra número 2 das definições seria exatamente a existência de vices que podem vir a ser governadores em 2027.

Na matemática mais paroquial, o Progressistas também é mais robusto.

Tem o prefeito da Capital, potencial candidato ao Governo estadual, e outros 20 prefeitos - de cidades importantes como Santa Rita e Cajazeiras. Além da iminência de receber mais 11 gestores ligados a Daniella, que foram eleitos ano passado pelo PSD. O União conquistou 23 prefeituras, com destaque para Campina Grande e Guarabira.

Na Assembleia a divisão de forças é equilibrada. O partido de Aguinaldo tem 4 deputados, enquanto a legenda comandada por Morais possui 3 cadeiras.

Não é impossível, contudo, que os projetos das duas legendas sejam unificados. Na dinâmica da política paraibana qualquer arranjo, por menos provável que seja, pode ser desenhado - desde que um dos lados renuncie ao projeto do Palácio da Redenção em 2026. Algo que, por enquanto, não está no radar de nenhum dos dois partidos.

Imagem ilustrativa da imagem Na Paraíba, Progressistas tem mais 'munição' para liderar que União Brasil

João Paulo Medeiros

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