PLENO PODER
Hospital de Clínicas de Campina Grande: um 'vulcão', quase sempre em erupção, para o Governo
Investigações, denúncias e mudanças na direção marcam funcionamento da unidade
Publicado em 10/06/2025 às 10:19

Inaugurado há 5 anos, o Hospital de Clínicas de Campina Grande começou a funcionar durante a pandemia. Na época os leitos serviram para salvar a vida de milhares de paraibanos acometidos pela Covid-19, que chegavam de quase todas as regiões do Estado.
A unidade permaneceu após o fim da pandemia e virou referência, também, para realização de cirurgias eletivas. Os famosos mutirões do Programa Opera Paraíba, do Governo do Estado.
Mas o hospital sempre foi motivo de dor de cabeça para o Governo. Um verdadeiro 'vulcão', por muitas vezes em erupção, para ser controlado.
A começar pelas obras de reforma que foram ali realizadas. Após um ano e meio dos serviços no prédio, parte do muro desabou por conta da chuva. O Governo demorou 8 meses para executar a reconstrução. Isso mesmo: 8 meses. Na época registrei no Blog a demora excessiva.
Feita a reconstrução, a unidade foi epicentro de um outro episódio. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal desencadearam, no fim de 2023, a Operação Marasmo, que apurou superfaturamento e irregularidades na contratação de refeições para a unidade.
Dois ex-diretores foram denunciados, acusados pelo MPF de envolvimento no suposto esquema. O contrato investigado é de R$ 8 milhões.
Nesse percurso pelo menos duas mudanças na direção do hospital foram promovidas.
Agora, mais recentemente, um outro escândalo. Pacientes denunciaram que tiveram problemas após a realização de procedimentos oftalmológicos. As suspeitas são de que medicações vencidas tenham sido utilizadas. A entidade contratada para executar os serviços, que recebeu milhões do Estado e de prefeituras paraibanas nos últimos anos, nega irregularidades e a Polícia Civil investiga o caso.
Mais mudanças na direção
Hoje o Diário Oficial do Estado publica mais mudanças na direção do Hospital de Clínicas. Foi exonerado o diretor administrativo da unidade, Rogério Silva Cabral. No lugar dele, o governador nomeou Andrezza Sandrine Agra Ribeiro.
Andrezza estava como diretora geral do Hemocentro de Campina Grande. Para esta função, foi nomeada Eulália Patrícia de Sousa Neves.
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