PLENO PODER
O estranho caso de um padre em prisão domiciliar que não foi localizado pela Justiça paraibana
Desembargador Márcio Murilo determinou nova diligência para notificar religioso
Publicado em 30/05/2025 às 11:35

Era janeiro deste ano quando o Gaeco, do Ministério Público estadual, apresentou mais uma denúncia no âmbito da Operação Indignus, que investiga desvios milionários no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Dois secretários do Governo da Paraíba, ex-diretores e empresários são alvo da peça, que relatou um suposto pagamento de propina para pessoas ligadas ao Estado.
De lá para cá, o processo avançou muito pouco.
Até a decisão, do dia 26 deste mês, um dos principais investigados, o padre Egídio de Carvalho Neto, sequer foi encontrado para ser notificado. Outros alegaram cerceamento de defesa e não apresentaram defesa escrita.
O curioso é que Egídio foi preso em novembro de 2023 e continua em prisão domiciliar, desde abril do ano passado. Em março deste ano a ministra Carmém Lúcia, do STF, manteve a prisão.
Essa semana o relator o caso, o desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, determinou novas diligências para a notificação dele. "No tocante a Egídio de Carvalho Neto, o Ministério Público, em sua manifestação de ID 34904024, indicou novo endereço residencial apto à diligência citatória", ressaltou o desembargador, colocando na mesma decisão Egídio na lista entre os "não localizados".
Márcio Murilo ainda concedeu, excepcionalmente, mais 15 dias para os secretários Tibério Limeira e Pollyanna Dutra apresentarem defesa escrita. Ele refutou, contudo, a tese de cerceamento de defesa.

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